Madeira

EEM vai rever plano de investimento plurianual

‘Eléctrica madeirense’ recebeu recomendação da ERSE para reduzir investimento

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A Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE) recomendou, recentemente, à Empresa de Electricidade da Madeira que reduza o investimento de 65,1 milhões de euros, proposto para 2022-2024 no plano de transporte e distribuição em alta e média tensão no arquipélago. No referido parecer alerta para o “significativo aumento do investimento proposto para o actual período regulatório”, entre 2022 e 2024, em comparação com os períodos anteriores, bem como para a “falta de informação” que permita comprovar a sua efectiva necessidade.

Ao DIÁRIO, a Empresa de Electricidade da Madeira (EEM), detida a 100% pelo Governo Regional (PSD/CDS-PP), sublinha que a recomendação feita pela ERSE se insere nos relacionamentos normais entre as duas entidades. Acrescenta ainda que o Plano de Investimentos da EEM, a 3 anos, sujeito a parecer da ERSE, foi entregue em Junho de 2021, para os anos 2022, 2023 e 2024. “Posteriormente, a legislação foi alterada e os planos passaram a ser a 4 anos, razão principal porque a ERSE recomenda a sua alteração, englobando também o ano de 2025, à qual a EEM vai naturalmente proceder”.

A ‘eléctrica madeirense’ esclarece ainda que a revisão anual dos planos de investimentos plurianuais é uma prática de gestão normal e o ajuste em baixa recomendado tem essencialmente a ver com o facto de a execução nos dois últimos triénios ter sido inferior ao valor pretendido para 2022, 2023 e 2024.

“O ano atípico vivido durante 2022, com o conflito entre a Rússia e a Ucrânia, trouxe problemas de execução acrescidos, particularmente resultantes da escassez de matérias-primas e equipamentos, tendo alguns concursos ficado desertos, com aumentos de preços, de custos e de prazos, impossíveis de prever aquando da execução do plano de investimentos plurianual. Acresce toda a conjunctura energética mundial e em particular da Europa, que obriga a rever todas as estratégias do sector energético, pelo que nada mais normal do que todos os planos plurianuais feitos antes da declaração da guerra na Europa terem de ser revistos e é naturalmente isso que a EEM vai fazer”, conclui.