Madeira foi a região com o aumento mais acentuado do PIB em 2021
Ainda assim ficou -8,6% aquém do Produto Interno Bruto de 2019, antes da pandemia
O Produto Interno Bruto (PIB) cresceu, em termos reais, em todas as regiões portuguesas em 2021, "em especial na Região Autónoma da Madeira (8,0%) e no Alentejo (6,8%)", informa hoje o INE. "A Área Metropolitana de Lisboa e o Algarve (ambas com 5,6%) e o Norte (5,4%) registaram crescimentos semelhantes ao país, enquanto a Região Autónoma dos Açores (5,0%) e o Centro (4,8%) apresentaram crescimentos mais moderados". Na prática, no ano passado, o PIB madeirense situou-se nos 4.896 milhões de euros, quando em 2019 ascendera a 5.260 milhões de euros.
Os dados provisórios das Contas Regionais revelam que, "comparativamente com 2019, as regiões Centro e Norte foram as que mais recuperaram, ficando, ainda assim, em volume, -1,2% e -1,5%, respectivamente, abaixo. A Região Autónoma da Madeira e o Algarve ficaram -8,6% e -13,7%, aquém do valor do ano pré pandemia", acrescenta a autoridade estatística nacional.
"Estima-se que, em 2021, Norte, Centro e Alentejo tenham ultrapassado o PIB que apresentavam em 2019, ao contrário das restantes regiões, em especial a Região Autónoma da Madeira e o Algarve que, apesar do crescimento acentuado, terão permanecido nominalmente cerca de -4,5% e -9,7%, respetivamente abaixo do valor desse ano", calcula.
Alem disso, "em 2020 todas as regiões registaram decréscimos reais do PIB, destacando-se o Algarve (-18,3%) e a Região Autónoma da Madeira (-15,4% ou 4.450 milhões de euros) que foram as mais afetadas pelos efeitos económicos da pandemia COVID-19", sentencia.
Para o INE, "o PIB per capita nas vinte e cinco regiões NUTS III, tomando como referência a média nacional situou-se, em 2020, entre os extremos observados na Área Metropolitana de Lisboa (128,4) e na região Tâmega e Sousa (63,6), como já acontecia no ano anterior, tendo essa diferença diminuído de 69,6 p.p. em 2019 para 64,8 p.p.
A Madeira passou de 89,9% do PIB regional em 2020 para 92,6%, melhorando ainda assim 2,7 pontos percentuais.
