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Roménia vai retomar esforços no Conselho Europeu para aderir ao espaço Schengen

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O presidente romeno, Klaus Iohannis, anunciou hoje que retomará esta quinta-feira os esforços diplomáticos no Conselho Europeu para a adesão do país ao espaço Schengen, após o veto da Áustria ter impedido a entrada em 2023.

"Posso dizer-vos que terei muitas conversas e levantarei esta questão no plenário do Conselho, explicarei de uma vez por todas porque é que a Roménia deve tornar-se parte do espaço Schengen", disse Iohannis, avisando que não se pode esperar qualquer progresso nessa direção na reunião de quinta-feira em Bruxelas.

"Serão encontradas soluções práticas no próximo Conselho de Justiça e Assuntos Internos", disse o presidente romeno, seis dias após a Roménia e a Bulgária não terem conseguido a unanimidade necessária para aderir ao Schengen na última reunião dos ministros do Interior da União Europeia (UE).

No seu discurso de hoje, Iohannis também excluiu o facto de que as autoridades romenas estejam a considerar declarar um boicote às empresas austríacas presentes no país, em resposta à recusa do governo de Viena em permitir a entrada da Roménia no espaço europeu de livre circulação de pessoas e bens.

"Não haverá boicote à Áustria pelo Estado ou pelas autoridades públicas", disse Iohannis, depois de políticos romenos terem apelado às empresas públicas romenas e à administração romena para deixarem de contratar os serviços das empresas austríacas.

Apesar da posição moderada de Iohannis, o Ministro romeno do Interior Sorin Grindeanu anunciou na terça-feira que as empresas pertencentes ao ministério fecharão as suas contas no banco BCR, propriedade do grupo austríaco Erste, e transferirão o seu dinheiro para o banco CEC romeno.

A Roménia retirou o seu embaixador em Viena na semana passada em protesto contra a posição da Áustria em relação às suas aspirações de adesão ao Schengen. A Áustria vetou a entrada da Roménia e da Bulgária ao espaço com o argumento de que os dois países não controlam a imigração ilegal nas suas fronteiras.

A Roménia e a Bulgária negam esta afirmação, recordam que a Comissão Europeia tem repetidamente apelado à sua admissão ao Schengen e descrevem o veto como "injustificado", culpabilizando-o de motivos políticos internos austríacos.