Boas Festas!
E eis que, dezembro voltou, novamente. Com ele surgem as luzinhas e a arvore de natal, o presépio, a carne de vinho e alhos e a azáfama habitual de dias mais calorosos e felizes. Ou talvez não. Aqui e ali, já se ouvem saudações de boas festas, e é de certa forma com alguma ironia que, em alguns casos, acontecem estas manifestações tão populares alusivas à Festa do Menino Jesus. Confesso: fico desejando que tudo isto passe depressa e que, rapidamente venha a outra festa, a de Sto. Amaro em janeiro. Não que seja mais entusiasta da mesma, mas, porque só então se fecha este ciclo eufórico de excessos e consumo supérfluo, em muitos casos perfeitamente desnecessário. Mas, atenção. “Olho no preço” porque a inflação neste país - um dos piores da UE - só na área alimentar, ronda os 20%. Posto isto, é legítimo pensar que será preciso encarar com coragem, determinação e muita esperança, o que nos trará 2023. Antes, porém, e sem deixar de ter um olhar global, sugiro que pensemos também um pouco nos que mais sofrem, vítimas de doenças severas, da fome e do frio, da violência doméstica e dos direitos humanos. Da pobreza extrema, da exploração humana e de outras formas de tortura social. E para terminar, gostaria que, antes fossem ficção, as imagens que diariamente nos chegam das vítimas de uma guerra absurda, assassina e sem contemplações, como se, este planeta, deva voltar aos tempos imperialistas, e à antiga moda dos escravos que, infelizmente, ainda os há um pouco por toda a parte. A verdade é que, mudaram-se os tempos, mas, não as vontades. Ainda assim, e sem ironia, Boas Festas!
Vicente Sousa