Três partidos da Letónia assinam acordo de coligação para formar governo
Três partidos da Letónia assinaram hoje um acordo para formar um governo de coligação, mais de dois meses após eleições gerais no país báltico.
O novo Gabinete será liderado pelo partido governante de centro-direita Nova Unidade, do primeiro-ministro Krisjanis Karins, que obteve o maior número de votos, 19%, nas eleições gerais de 01 de outubro. Os parceiros minoritários serão a conservadora Aliança Nacional e a nova aliança eleitoral centrista Lista Unida.
Os partidos comprometeram-se a dirigir o trabalho do novo governo para cinco áreas em particular: segurança, educação, energia, competitividade e qualidade de vida.
Numa declaração conjunta, os partidos salientaram que o objetivo do segundo governo de Karins, que é primeiro-ministro desde 2019, é "a transformação da economia" através de políticas que "proporcionem segurança e prosperidade ao povo da Letónia".
A Letónia tem atualmente uma das taxas de inflação mais elevadas da União Europeia, com preços 21,8% mais altos em novembro do que no ano anterior, de acordo com o gabinete de estatísticas do país.
A Letónia e os seus vizinhos bálticos Estónia e Lituânia foram especialmente atingidos pela crise energética devido à sua dependência do gás russo antes da invasão russa na Ucrânia, em fevereiro.
Os três países cortaram os fornecimentos de gás natural da Rússia no início deste ano, e a Letónia depende agora principalmente das suas próprias reservas de gás e das importações da Lituânia.
Os partidos em conjunto têm 54 lugares no Parlamento de 100 lugares da Letónia, o Saeima, que ainda precisa de aprovar o acordo numa votação. Apenas sete partidos ou alianças eleitorais ultrapassaram a barreira dos 5% nas eleições e asseguraram a representação na legislatura.
Mais notoriamente, nenhum dos partidos que servem a considerável minoria étnica russa da Letónia, que constitui mais de 25% dos 1,9 milhões de pessoas do país, conseguiu assegurar um lugar no parlamento.
A Letónia é membro da NATO e da UE desde 2004.