Tutela disponível para responder a reivindicações dos professores da Madeira
A Secretaria Regional da Educação da Madeira manifestou hoje abertura para responder a algumas das reivindicações dos professores, como a redução do horário da componente letiva para os docentes do primeiro ciclo e do pré-escolar, indicou fonte sindical.
O Sindicato dos Professores da Madeira (SPM) esteve hoje reunido com o secretário regional da Educação, Ciência e Tecnologia, Jorge Carvalho, com o objetivo de avançar num conjunto de processos negociais em curso há vários anos.
"E aqui, efetivamente, avançamos em dois deles", disse à Lusa o coordenador do SPM, Francisco Oliveira, no final do encontro.
Segundo o dirigente sindical, a Secretaria Regional da Educação irá apresentar uma proposta aos professores, em janeiro, que visa reduzir o horário de componente letiva para os professores do primeiro ciclo e do pré-escolar, como já acontece com os restantes docentes, a partir dos 50 anos.
Os docentes continuam sujeitos às 35 horas semanais, mas o tempo em sala de aula é reduzido, explicou.
"Aguardaremos a proposta para depois ver melhor em que termos será formulada, mas em princípio nós estamos disponíveis para trabalhar e melhorar com a secretaria e conseguirmos este objetivo para ser já implementado no próximo ano letivo", afirmou o coordenador do SPM.
Francisco Oliveira admitiu ainda avanços relativamente à vinculação dos professores contratados.
"Há abertura da Secretaria da Educação para isso, para preparar a vinculação dos professores, sobretudo dos grupos mais carenciados, mas também dos outros, para que seja possível uma vinculação em condições extraordinárias e não naquela habitual dos cinco anos consecutivos de tempo de serviço no mesmo grupo de recrutamento", destacou.
"Vamos ver em que moldes, mas também ficamos com a esperança de que aqui se resolva um problema antigo, que é uma injustiça para com muitos professores e educadores que vêm prestando trabalho na região e que não tem maneira de vincular devido a um conjunto de vicissitudes", acrescentou o dirigente sindical.
O coordenador do SPM referiu, por outro lado, que os professores têm outras reivindicações que ainda não tiveram acolhimento na reunião de hoje.