Argentina iguala seis finais da Itália
A Argentina juntou-se hoje à Itália no terceiro lugar do 'ranking' de presenças em finais do campeonato do Mundo, ao garantir a sexta, com um triunfo por 3-0 face à Croácia, nas meias-finais da edição de 2022.
Lionel Messi, aos 34 minutos, de grande penalidade, e Julián Álvarez, aos 39 e 69, marcaram os golos da formação 'albi-celeste', que volta ao jogo decisivo oito anos depois.
O conjunto sul-americano, que nunca caiu numa meia-final, repete as prestações de 1930, 1978, 1986, 1990 e 2014, sendo que, em cinco finais, ganhou duas e perdeu três.
A Argentina conseguiu chegar à final logo na primeira edição, em 1930, mas acabou derrotada por 4-2 pelo anfitrião Uruguai, num embate em que até chegou ao intervalo na frente, com tentos de Carlos Peucelle e Guillermo Stábile, o melhor marcador da prova.
Depois de uma estreia em 'grande', os 'albi-celestes' tiveram, porém, de esperar quase meio século por nova final, que aconteceu em 1978, numa edição disputada em solo argentino.
A jogar desta vez em casa, ao contrário de 1930, a Argentina chegou ao seu primeiro titulo, ao vencer os Países Baixos por 3-1, após prolongamento, com dois golos de Mario Kempes, para se tornar o 'rei' dos marcadores, e um de Daniel Bertoni.
Em 1982, os argentinos ficaram-se pela então segunda fase de grupos, num Grupo C em que apanharam Itália e Brasil, mas, quatro anos volvidos, voltaram à final, para arrecadarem, face à RFA, o seu segundo título, em três edições.
No Estádio Azteca, na Cidade do México, José Luis Brown e, já na segunda parte, Jorge Valdano deram uma vantagem de dois golos aos argentinos, mas, na parte final, e após dois cantos, Karl-Heinz Rummenigge e Rudi Völler restabeleceram o empate.
Aos 83 minutos, três após o 2-2, Diego Armando Maradona, alvo de impiedosa marcação todo o jogo, conseguiu uma nesga de espaço e 'tirou da cartola' um passe 'genial' a isolar Jorge Burruchaga, que bateu Scmumacher e deu o cetro à Argentina.
Quatro anos volvidos, os argentinos foram defender o troféu a Itália e voltaram a chegar à final, mas, em 1990, novamente com a RFA, 'esbarraram' no árbitro mexicano Edgardo Codesal e num penálti aos 85 minutos que Andreas Brehme converteu, num jogo decisivo que enfrentaram com muitas baixas por castigo.
Depois de três finais em quatro edições, a Argentina chegou pela quinta vez a uma final em 2014, já com Lionel Messi como figura de proa, mas, em nova final com a Alemanha, acabaram uma vez mais derrotados por 1-0, desta vez após prolongamento.
Um golo do suplente Mario Götze acabou com o sonho dos argentinos, que perderam várias ocasiões de marcar, na final disputada no Estádio Maracanã, no Rio de Janeiro, no Brasil.
Agora, oito anos volvidos, a Argentina está novamente numa final de um Mundial, para defrontar a França, a sua 'carrasca' de 2018 (3-4 nos oitavos de final), ou Marrocos, a primeira equipa africana a chegar às meias-finais. Saber-se-á na quarta-feira.