A Cultura é o pão do espírito!
O Teatro foi, é e será uma manifestação superior de Cultura! Os Teatros 'A Barraca', de Maria do Céu Guerra e Hélder Costa, 'A Seiva Trupe', de Jorge Castro Guedes, a 'Filandorra-Teatro do Noroeste' e 'A Acta', do Algarve e demais ficaram excluídos dos apoios da Direcção-Geral das Artes. Se 'A Seiva Trupe' está à beira de completar 50 anos de vida teatral, jamais esqueceremos uma peça do encenador e actor, Júlio Cardoso, 'A Barraca' celebrará meio século de vida em 2025. Aqui, assistimos a vários espectáculos, onde o saudoso, enorme e esquecido Mário Viegas contracenou com a iluminada, Céu Guerra. Saíamos, da sala, com a cabeça «a» deitar fumo de tanto pensar... foram indisciplinadores das almas. A 'Filandorra' é um notável projecto, que no interior de Portugal têm tido performances úteis, diversificadas e boas de serviço público. 'A Acta' tem levado à cena: Dario Fo, Camus, José Saramago e tantos mais. Diz o medíocre ministro da Cultura, que não há verba(!). Como disse? Há! Houve meio milhão de euros, a nivelar por baixo, para a governança ir à bola. E há muitíssimo mais... As ausências de justos subsídios prendem-se com a realização de peças, que não se enquadram neste absoluto centrão político... o centro favorece os generais.
A Cultura é o pão do espírito!, e, Povos cultos são mais felizes, mais interventores, mais questionadores e com um conceito de deveres e direitos de cidadania mais apurado e abrangente. Ora, tudo isto é incompatível e choca com o poder.... Viva!, e que viva sempre o Teatro!
Vítor Colaço Santos