Marcelo deverá começar deslocações a hospitais esta terça ou quarta-feira
O Presidente da República declarou, ontem, que esta terça ou quarta-feira deverá iniciar deslocações a hospitais para se inteirar das razões dos constrangimentos que têm sido registados nas urgências de diversas unidades.
"Já amanhã [terça] ou depois de amanhã [quarta-feira] terei a oportunidade, obviamente acompanhado pelo Governo, de começar a voltar a contactar com a realidade da saúde", afirmou Marcelo Rebelo de Sousa, em Ourém (Santarém), à margem de uma aula debate com alunos da Escola Básica e Secundária.
O chefe de Estado reconheceu que "durante um período de tempo a pandemia e o pós pandemia" tornaram "isso, naturalmente, menos desejável e menos provável".
"Mas é um setor que é, obviamente, como o da educação e outros setores sociais, fundamental para o país", adiantou.
Em Abrantes, o Presidente da República manifestou a intenção de visitar em breve os serviços de urgência dos hospitais, para observar "a evolução dos acontecimentos" num momento que têm sido registados cada vez mais constrangimentos no país.
"Tenciono, nos próximos dias e próximas semanas, ir ver nos locais, desde que isso não prejudique os serviços de saúde, a evolução dos acontecimentos", antecipou, afirmando que irá partilhar, "dentro de dez dias a duas semanas", as conclusões do que vier a observar.
Marcelo Rebelo de Sousa disse que tem "acompanhado" o evoluir da situação, considerando que este é "sempre, todos os anos, um tempo muito difícil" para os serviços de urgência pela aproximação do inverno, "e este ano com três surtos ao mesmo tempo: a gripe clássica, um novo tipo de vírus e o vírus covid-19".
Perante a "pressão que existe sobre as urgências dos hospitais" e o crescimento das "dificuldades de resposta" em muitos dos hospitais por todo o país, o Presidente da República disse querer ir ao terreno ver o que está a acontecer.
O chefe de Estado deixou ainda um agradecimento aos profissionais de saúde pela "capacidade de resposta, em cima de tanto trabalho nos últimos anos, que têm mostrado num momento difícil".