Mau tempo faz 26 ocorrências nos Açores e obriga a um realojamento
A Proteção Civil dos Açores registou, durante a última noite, 26 ocorrências em seis ilhas, devido ao mau tempo, sobretudo quedas de árvores e estruturas, inundações de vias e habitações, derrocadas, transbordos de ribeiras e uma pessoa foi realojada.
Numa nota enviada às redações, o Serviço Regional de Proteção Civil e Bombeiros dos Açores (SRPCBA) informa que, na sequência da passagem da depressão 'Efrain' pelo arquipélago, desde as 20:00 de sexta-feira e até ao início desta manhã, "foram registadas 26 ocorrências em seis ilhas", das quais "14 em São Miguel, quatro na Terceira, duas no Faial, três em São Jorge, uma no Pico e duas nas Flores".
As situações reportadas estão relacionadas, sobretudo, com "quedas de árvores, queda/danos de estruturas, inundações de vias e em habitações, derrocadas e transbordos de ribeiras", segundo a Proteção Civil dos Açores.
No concelho de Ponta Delgada, "uma pessoa foi realojada em casa de familiares pelo facto de a sua habitação estar inundada", indica ainda a Proteção Civil açoriana.
De acordo com o SRPCBA, "a maior parte das ocorrências encontra-se resolvida", através da ação de bombeiros, direção regional das Obras Públicas e Transportes Terrestres, Serviços Municipais de Proteção Civil e Polícia de Segurança Pública (PSP), sob coordenação do SRPCBA.
A Proteção Civil dos Açores aconselha a população a continuar a acompanhar as previsões emitidas pelo Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) e a adotar as medidas de autoproteção.
O Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) elevou hoje para vermelho o aviso de agitação marítima para as ilhas do grupo Ocidental do arquipélago dos Açores -- Flores e Corvo.
As ilhas das Flores e do Corvo estão entre as 12:00 de hoje e as 00:00 de domingo sob aviso vermelho, sendo esperadas ondas de sudoeste com 10 metros de altura significativa, podendo a onda máxima atingir os 20 metros.
O presidente da Proteção Civil dos Açores pediu na sexta-feira à população do grupo Ocidental do arquipélago que ficasse em casa devido às previsões de mau tempo, em particular a agitação marítima e o vento.
Eduardo Faria falava a propósito da depressão Efrain que levou o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) a colocar as nove ilhas do arquipélago com vários avisos, alguns deles laranja, correspondentes a situações meteorológicas "de risco moderado a elevado".
No grupo Central (Terceira, São Jorge, Pico, Graciosa e Faial), a "preocupação" da Proteção Civil é "a chuva forte e o vento", pelo que a recomendação é que a população "evite locais de perigo", de acordo com a Proteção Civil.
Também o grupo Oriental (São Miguel e Santa Maria) vai estar sob aviso laranja para "precipitação e vento forte", indicou na ocasião o responsável.
O responsável explicou que, no grupo Central, já foram feitos contactos com todos os serviços municipais de emergência e com os bombeiros "para terem equipas de reforço aos piquetes".
"A recomendação é que as pessoas devem acondicionar objetos soltos, ter cuidado com a limpeza das vias e à volta das casas, e muita atenção junto de ribeiras ou linhas de água, pois é muito provável que transbordem", disse.
Os cuidados devem, ainda, abranger "lençóis de água e estradas inundadas que possam ocultar perigos".
A Autoridade Marítima Nacional diz que, nos Açores, a agitação marítima vai ter "uma altura significativa que poderá atingir os 12 metros e uma altura máxima de 22 metros, com um período médio que pode variar entre os 14 e os 16 segundos", sendo esperados ventos "com uma intensidade média de até 93 quilómetros por hora e rajadas até 168 quilómetros por hora".