Guterres pede reforma da dívida para países em desenvolvimento
O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, apelou hoje à "reforma da arquitetura da dívida internacional", permitindo que os países em desenvolvimento invistam na melhoria dos serviços sociais.
Guterres encontra-se na Etiópia, no âmbito da cimeira anual ONU (Organização das Nações Unidas)--União Africana, em Adis Abeba.
"Muitos países estão presos numa espiral de dívida que os impede de investir em sistemas e serviços essenciais, como a educação, saúde, segurança social, emprego, ciência ou inovação", apontou Guterres, que falava aos jornalistas após uma reunião com o líder da União Africana, Moussa Faki Mahamat.
O secretário-geral da ONU disse que, no mês passado, exortou os chefes de Estado e de Governo do G20 (grupo de ministros das finanças e responsáveis pelos bancos centrais das maiores economias) a promoverem os objetivos de desenvolvimento sustentável, de modo a proporcionar a estes países "investimento, liquidez e alívio da dívida".
Após a cimeira do clima COP27, Guterres já tinha pedido aos países mais desenvolvidos que cumprissem com o objetivo de contribuir com 100.000 milhões de dólares (cerca de 95.000 milhões de euros) para os países mais pobres.
Durante a sua visita à Etiópia, o antigo governante português esteve também reunido com o primeiro-ministro Abiy Ahmed.