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O ano de 2022 veio com defeitos. Podemos devolver!!!

O escrito no título que acabou de ler, não é uma afirmação, mas também não é uma constatação. Aqui é somente uma forma de expressão.

Por esta razão, penso que podemos dizer que é tido como procedimento comum, encerrar o ano fazendo um balanço geral. Isto serve para todas as instituições e para todos os quadrantes da sociedade. Enfim! Todos temos de fazer um balanço. Até mesmo quem nunca teve, nem tem uma empresa para fazer o balanço indispensável, acaba por fazer o seu próprio balanço sobre o ano que termina. E nós fazemo-lo. Sem problemas.

Em boa verdade, se o ano 2022 tivesse sido produzido por uma empresa informática qualquer ainda o poderíamos devolver dizendo que veio com defeito e poderia ser que nos ressarcissem do valor aplicado ou nos mandassem um novo em folha, a funcionar bem. Infelizmente não foi fabricado pela tecnologia e desconhecemos a fábrica, pelo que continuamos a suportar o maldito vírus agora em dose tripla, com a junção da gripe, da covid e do vírus sincicial respiratório, todos assassinos invisíveis “coadjuvados” por um louco insensível e alienado que nos estorva e prejudica o nosso quotidiano e mudou para sempre a nossa vida e a economia geral.

Uma coisa é certa: o ano de 2022 mudou o mundo que nunca mais será o mesmo, aquele que conhecíamos desde que nascemos, há uma nova realidade, uma nova disposição mundial, com uma guerra na Europa e diversos conflitos regionais eminentes, onde a política de coexistência pacífica, entre os EUA, Rússia, China e Correia do Norte, estão cheias de incógnitas e maus prenúncios.

Aqui na Madeira, onde tudo demora mais tempo a chegar ainda não nos apercebemos do que aí vem, muito menos da enorme fatura que teremos de pagar em 2023. Tudo isto nos treme e fatiga, mas ninguém encontrou ainda a solução, o remédio, para este cansaço. Não há comprimidos capazes, somente a atuação humana consciente, mas essa é difícil de encontrar.

A realidade é crua e dura e os PROFISSIONAIS DA PSP não fogem a regra. Pois é normal que todos os POLÍCIAS possamos estar também cansados e temos razão para estar, perante tantas notícias sobre inflação, sobre aumentos de bens face a salários que nada gesticulam, é difícil o MAIOR SINDICATO DA PSP, a ASPP não tomar posições, como foi a manifestação pacífica e exemplar realizada em Lisboa, no dia 24 de novembro.

Mas será que adianta tomar uma posição de força? Que força temos nós perante uma realidade que é global? Percebemos tudo isso, mas será que tem de ser assim mesmo?

A FORÇA DOS POLICIAS, limita-se a reclamar, a fazer manifestações e a exigir aumentos de salários, mas pouco mais do que isso. E adianta? SIMMMMMMMMM. Todos temos o direito de reclamar e devemos fazê-lo, mas para que os governos tenham a noção de que não estão sozinhos e não podem deixar os profissionais da PSP para trás.

Na verdade, quando se trata de dinheiro, à semelhança dos portugueses os policias também acordam e ainda mais quando esse dinheiro lhes é subtraído numa extensa conta onde o símbolo de somatório não entra. Isto sim é cansativo e desanimador. Por tudo isto, faz sentido dizer que a força dos profissionais da PSP, mede-se na sua atitude, na sua decisão, na sua exigência. Por outro lado, temos de esperar para ver a força que será utilizada, para reverter a situação.

Outra questão é o papel da PSP e os contornos da remodelação mais profunda que parece estar iminente, que tem tentado nos últimos tempos manter-se à tona e manter alguma uniformidade e concertação nas ações do MAI, mas não é fácil. Os aumentos que vão dar cujo destino é minorar os gastos e a inflação, são pontuais e nada vão resolver, mas são bem-vindos pois sempre ajudam a pagar algumas contas. Para o ano não há mais!

Só me resta a esperança de tudo ser um pesadelo, daqueles que seriam inaceitáveis na realidade e devolver o ano de 2022, que veio com defeito e pedir “por favor, devolvem-no!”.