Hungria promete apoiar adesão da Suécia e Finlândia
A Hungria prometeu hoje apoiar a adesão da Finlândia e da Suécia à NATO, apesar de ser, a par da Turquia, um dos únicos países da Aliança Atlântica que ainda não a ratificou.
"Os finlandeses e os suecos são nossos aliados e tal como nós contamos com os nossos aliados, eles podem contar connosco", afirmou aos jornalistas o chefe de gabinete do primeiro-ministro húngaro (Viktor Orbán).
Gergely Gulyas acrescentou que o objetivo é que o parlamento húngaro ratifique o pedido de adesão dos dois países à Aliança Atlântica ainda este ano.
Justificou o atraso com um congestionamento de legislação devido às medidas anti-corrupção que o parlamento terá que aprovar em resposta a queixas da Comissão Europeia, que tem bloqueados milhares de milhões de euros em fundos.
"Tratamos [as exigências europeias] uma por uma e se nos entendermos, a Assembleia Nacional terá então tempo para se ocupar da ratificação", acrescentou o representante, rejeitando a ideia de que Budapeste quer pressionar Bruxelas.
Após a ofensiva militar lançada pela Rússia contra a Ucrânia em 24 de fevereiro, Suécia e Finlândia abandonaram a sua tradicional política de não alinhamento militar e pediram para se juntar à Aliança Atlântica.
Todos os atuais 30 países-membros da NATO devem ratificar oficialmente o protocolo de adesão da Finlândia e da Suécia para estes países aderirem à Aliança, mas os parlamentos da Turquia e da Hungria ainda não o fizeram.
O Presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, está a bloquear as adesões desde maio, acusando ambos de proteger combatentes curdos de organizações consideradas terroristas por Ancara.
Gulyas frisou que a Hungria tem uma posição "fundamentalmente diferente" da Turquia, sem objeções a que Finlândia e Suécia se juntem à NATO.
O parlamento português ratificou a adesão no passado dia 16 de setembro.