Madeira

Albuquerque defende importação de mão-de-obra para profissões pouco qualificadas

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A Região vai destinar boa parte das verbas do actual quadro de apoios comunitários à modernização das empresas regionais, com destaque para a valência tecnológica. A garantia foi dada, nesta manhã, por Miguel Albuquerque, no âmbito de uma visita à Medida Secreta Carpintaria Lda, situada no Parque Empresarial da Camacha. Uma ocasião em que também falou da necessidade de importar mão-de-obra.

Para ilustrar a importância da aposta tecnológica, o presidente do Governo Regional deu o exemplo da empresa, que visitava. Uma entidade familiar, que evoluiu e já recorre às tecnologias digitais, para a concepção de peças e posterior execução em máquinas.

Miguel Albuquerque defendeu que essa é uma forma de aumentar os rendimentos das empresas e, com isso, ganhar rentabilidade para aumentar os salários. “É uma questão de justiça e de coesão social.”

As palavras do governante foram inspiradas também, pelo que diz estar a acontecer no sector hoteleiro. Segundo Albuquerque, o sector tem vindo a crescer, a aumentar a rentabilidade por quarto e, assim, tem crescido o valor das retribuições.

A afirmação foi também de resposta à questão da falta de mão-de-obra, que muitas empresas dizem sentir. O presidente do Governo diz que isso só acontece com trabalho pouco qualificado e dá uma explicação. Afirma que 92% dos jovens madeirenses concluem o 12º ano. Desses, 87% seguem para o ensino superior. Sobram 12 a 14% para o ensino técnico-profissional. Acabam quase todos com qualificação e, assim, não quererem regredir e aceitar trabalho pouco qualificado. É aí que, alegadamente, há falta mão-de-obra.

Para essas profissões não qualificadas, Albuquerque propõe e garante já estar a acontecer, a importação de mão-de-obra, com critério.