Alemanha contribui 7,6 milhões para procurar ucranianos desaparecidos
A Alemanha anunciou hoje que contribuirá com 7,6 milhões de euros para a Comissão Internacional de Pessoas Desaparecidas (ICPM, sigla em inglês) para procurar ucranianos cuja localização é desconhecida desde a invasão russa da Ucrânia.
"Apoio alemão à investigação de crimes de guerra: a Alemanha contribuirá com 7,6 milhões de euros para o projeto ICPM para ajudar a Ucrânia a encontrar os desaparecidos como consequência da invasão russa na Ucrânia", anunciou a embaixada alemã em Kiev na rede social Twitter.
A missão diplomática acrescentou que a Alemanha também planeia treinar especialistas e investigadores forenses ucranianos, divulgou ainda a agência de notícias Ukrinform.
De acordo com Oleh Konteko, comissário ucraniano para pessoas desaparecidas em circunstâncias especiais, uma linha telefónica direta recebeu mais de 30.000 ligações desde maio e até ao final de setembro mais de 4.300 pessoas estavam a ser procuradas.
A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou já a fuga de mais de 13 milhões de pessoas -- mais de seis milhões de deslocados internos e mais de 7,7 milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
A invasão russa -- justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.
A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra 6.430 civis mortos e 9.865 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.