Nem tudo pode esperar
Em muitos dos 87 anos do meu bom pai aprendi a não adiar decisões
Boa noite!
Antes de tudo, um abraço especial ao meu bom pai, que pelo Norte da ilha fez serviço público e preparou-nos para a incerteza. Completa hoje 87 anos de vida intensa e generosa, merecedora de reconhecimento e gratidão. Neste capítulo, estou em dívida. Aquele livro que ando a adiar, por manifesta falta de tempo, não me sai da cabeça. Fotos desses tempos demorados até já tenho.
Por isso, em breve começaremos a gravar as aventuras feitas de curvas intermináveis e de noites sem dormir nos Mercedes que aproximavam a ruralidade do mundo. Muita vida João Ricardo!
Assim sendo, por hoje, resta pouco mais para escrever. É certo que as diabruras de Elon Musk davam tratados admiráveis sobre a arte de “equilibrar o poder”, mas sobre as ameaças associadas ao novo dono do Twitter já muita tinta foi gasta. A Mastodon e outras que tais redes sociais agradecem. Mas antes de qualquer fuga da gaiola gostava mesmo de ver se o mentor da borla, essa instituição enraizada na Região, vai pagar 8 euros mensais para ter conta activa! É certo que o “pássaro livre” é um desígnio mundial, mas encher páginas de jornais e revistas em Portugal com artigos de opinião sobre o óbvio poder do homem mais rico do mundo é ignorar que há novos protagonistas, remediados é certo, já na lusa sala das louças finais. É certo que as reações sondagens na ilha são sempre um tratado de boa disposição e um espaço criativo para as narrativas alternativas dos desesperados, quando perante números tão eloquentes se agarram a argumentos sem sustentação científica. É também certo que Marcelo de Rebelo de Sousa e António Costa introduzem temas na agenda mediática como e quando querem, não necessariamente com o mesmo objectivo, como provam a recente advertência presidencial para a necessidade de agilizar os fundos do PRR e o estranho anúncio do hipotético fim dos vistos gold por parte do primeiro-ministro…. Mas tudo isso vale bem menos do aquilo que não pode esperar.