Partido de Bolsonaro promete oposição a Lula da Silva e quer mandar no Senado
O Partido do chefe de Estado cessante, Jair Bolsonaro, afirmou hoje que será forte oposição ao Governo do Presidente eleito, Lula da Silva, e que ambiciona a presidência do Senado.
Em conferência de imprensa em Brasília, o presidente do Partido Liberal (PL), Valdemar Costa Neto, prometeu que não renunciarão às bandeiras que elegeram as maiores bancadas no Senado e na Câmara dos Deputados nas eleições de outubro, prometendo "oposição aos valores comunistas e socialistas".
"O PL será oposição ao futuro Presidente", disse.
Na mesma ocasião, perante vários deputados e senadores eleitos, Valdemar Costa Neto disse que o partido apoiará o atual presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, um dos apoiantes confessos de Jair Bolsonaro, mas também o primeiro do seu núcleo duro a reconhecer o resultado das eleições.
"Vamos apoiar Artur Lira, mas com a garantia que ele ajuda (...) queremos ter a presidência do Senado", frisou.
"Vamos discutir uma maneira de ganhar a presidência", procurando negociar com partidos que compõem o centrão, explicou, acrescentando depois em tom de ameaça: "Ninguém isola 99 deputados federais, você não tem paz para nada".
Para Neto, só há uma solução: "Temos direito ao nosso espaço, não tem saída", disse, caso contrário a Câmara será "um inferno".
"Não acho que o PT hoje tem condições de garantir a câmara, muito menos o Senado", frisou.
O PL conseguiu nas eleições gerais de 02 de outubro eleger as maiores bancadas nas duas câmaras.
Na câmara de deputados, composta por 513 deputados, 99 são filiados ao partido de Jair Bolsonaro, contra 68 deputados eleitos pelo Partido dos Trabalhadores (PT), de Lula da Silva.
Já no Senado, cuja presidência pertence a Rodrigo Pacheco (Partido Social Democrático), o PL tem agora 14 senadores de um total de 81 senadores.