O Brasil feliz de novo!
Lula ganhou as eleições presidenciais brasileiras com mais cerca de dois milhões de votos que o liberal-fascista, Bolsonaro. Numas eleições em que o que estava em causa era a própria Democracia, dez partidos de Esquerda, Centro-Esquerda e Centro-Direita uniram-se para resgatar a Democracia e evitar que o Brasil caísse na tentação totalitária. Bolsonaro, que já vinha dando mostras de querer instaurar naquele país uma Ditadura com o apoio dos Militares e demais forças de segurança, ainda tentou ganhar nas ruas o que perdeu nas urnas. Nos dias que se seguiram à eleição, todos ouvimos os seus apoiantes, instigados pelo ainda Presidente, a pedir uma Intervenção Militar para evitar que Lula tomasse posse a 1 de janeiro próximo, reinstaurando, assim, uma Ditadura Militar no maior país da América Latina. A perseguição perpetrada contra Lula pelo juiz fascista, Sérgio Moro, aliado de Jair Bolsonaro, e o Golpe perpetrado contra a presidente Dilma Rousseff, apeando-a da presidência, foram apenas algumas das patifarias meticulosa e ardilosamente levadas a cabo pela extrema-direita com o objetivo de dar cabo da Liberdade no Brasil. Saiu-lhes ‘o tiro pela culatra’. Felizmente para o Brasil, os liberais-fascistas Bolsonaristas ficaram sozinhos à espera que, na cena internacional, alguém apoiasse uma intentona contra a Democracia. Só que, ao contrário do que esperava o ainda Presidente e os seus apoiantes, os vários líderes mundiais vieram, prontamente, reconhecer a forma exemplar como decorreu o ato eleitoral no Brasil, reconhecendo também a nova liderança do país encabeçada por Lula e pelo social-democrata Alckmin. Sem apoio internacional, Bolsonaro ainda manteve na rua os seus apoiantes por mais uns dias mas pouco mais poderia fazer. Lula, por outro lado, não perdeu tempo em anunciar a retoma de vários programas sociais, com destaque para o “bolsa-família” e o “Programa Fome Zero” colocando como prioridades, também, o apoio à Educação para Todos e o combate ao desmatamento do Pulmão do Mundo, a Amazónia. Retirar milhares de brasileiros da fome, valorizar as prestações sociais para combater mais eficazmente a Pobreza, possibilitar que todos os homens e todas as mulheres do Brasil possam aceder à Educação Superior e não Superior em igualdade de circunstâncias, garantir cuidados de saúde a todos, proteger o ambiente, respeitar as minorias e combater o racismo são, apenas, alguns dos desafios que a nova liderança do Brasil tem pela frente. Não é coisa pouca. Para que o Brasil possa ser feliz, de novo...
Post-Scriptum: Jerónimo de Sousa deixa, por razões de saúde, o cargo de Secretário-Geral do PCP, após quase duas décadas. Nunca tendo pertencido ao seu Partido, tenho pelo ainda Secretário-Geral do PCP grande simpatia, não apenas, pelo passado de Luta e Resistência mas pela forma abnegada como se entregou às causas em prol do nosso país e na defesa dos direitos de quem trabalha. Espero que a sua saúde estabilize e que continue, noutras funções, a dar o seu contributo para que tenhamos um país mais justo e solidário. A Esquerda e o país precisam da sua experiência e sabedoria.