Madeira

CDU defende "valorização dos salários" para "combater o empobrecimento"

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A CDU realizou hoje uma acção de contacto com os trabalhadores, onde defendeu "a valorização dos salários como forma de combater o empobrecimento de quem vive da sua força de trabalho".

No decurso desta iniciativa, o deputado Ricardo Lume salientou que "a cada dia que passa o salário fica mais curto para despesas maiores, os preços dos bens alimentares, dos combustíveis e da habitação não param de aumentar", na sequência da crise pandémica e à guerra na Ucrânia.

Não obstante, o parlamentar nota também que "é inegável que existiu um aumento exponencial dos lucros das grandes empresas e grupos económicos".

"O brutal aumento do custo de vida constitui, a par da degradação dos salários um factor fortemente penalizador do poder de compra da esmagadora maioria dos madeirenses e porto-santenses", reforçou Ricardo Lume, apontando que "em média os trabalhadores da Madeira são mesmo os que têm o salário mensal líquido mais baixos de todo o país", ficando atrás da Região Autónoma dos Açores.

Citando dados estatísticos relativos ao segundo trimestre de 2022, Lume apontou que "o salário médio líquido mensal na Madeira era de 875 euros enquanto que nos Açores o salário médio liquido mensal era de 957 euros, ou seja, existem uma diferença de 82 euros em prejuízo para quem trabalha na Madeira".

O salário que os trabalhadores madeirenses levam para casa ao fim do mês "é insuficiente para fazer face às despesas mais básicas do seu agregado familiar", argumenta o deputado comunistas.

Assim, e "numa altura em que a inflação já ultrapassou os 10%", a CDU entende que "impõe-se, como forma de compensar o aumento dos preços, para revitalizar a economia local, que seja efectivamente concretizado o aumento geral dos salários em todos os sectores de actividade na Região, acréscimos salariais que devem de ter por base os 100 euros mensais para cada trabalhador, assim como um outro e mais justo acréscimo regional a fixar ao valor da Retribuição Mínima Mensal Garantida Nacional".

A CDU considera fundamental que a Região Autónoma da Madeira fixe um acréscimo regional de 8% à Retribuição Mínima Mensal Garantida Nacional, "o que se afigura como sendo possível, devendo, a curto prazo, evoluir para um valor que atinja os 10%, correspondendo assim a uma solução para a compensação dos actuais custos da insularidade", sustenta Ricardo Lume.