Costa chega hoje ao Egipto com uma agenda dedicada ao combate à seca e novas energias
O primeiro-ministro chega hoje a Sharm el-Sheik, no Egito, para participar na Conferência das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas (COP27), com uma agenda dedicada às questões do combate à seca, políticas de transição energética e hidrogénio verde.
António Costa estará nesta cidade turística do Sinai, junto ao mar Vermelho, acompanhado pelo ministro do Ambiente e da Ação Climática, Duarte Cordeiro, estando o seu discurso de fundo perante a COP27 agendado para terça-feira.
Na segunda-feira, segundo fonte do Governo, o primeiro-ministro irá à sessão de abertura da Cimeira dos Líderes da COP27 e depois vai estar presente na mesa-redonda sobre "Transição Justa", na qual se discutirá o impacto social das políticas públicas orientadas para a transição energética.
Depois, o líder do executivo marca presença no lançamento da Aliança internacional para a Resiliência face à Seca (IDRA) -- uma iniciativa do Senegal e do presidente do Governo espanhol Pedro Sánchez.
Na sexta-feira, durante a cimeira luso-espanhola, que se realizou em Viana do Castelo, António Costa manifestou-se favorável a esta proposta no sentido de promover "medidas eficazes de prevenção, antecipação e adaptação para aumentar a resiliência à seca de grande escala, tendo em vista uma resposta global mais coordenada, colaborativa e eficaz".
Na terça-feira, além do discurso perante a COP27, na parte da tarde, o primeiro-ministro participa numa mesa-redonda intitulada "Investindo no Futuro da Energia: Hidrogénio Verde" -- um recurso energético que Portugal tem planos para produzir e exportar.
Durante a sua permanência em Sharm el-Sheikh, ainda de acordo com fonte do executivo, António Costa terá vários encontros bilaterais com chefes de Estado e de Governo que estarão na cimeira, encontros que apenas serão divulgados mais tarde.
Na sexta-feira, com o primeiro-ministro espanhol ao seu lado, o líder do executivo português reiterou "o compromisso" de Portugal em relação ao Acordo de Paris de 2015, "com o objetivo de limitar o aquecimento global a 1,5 graus celsius face aos níveis pré-industriais e a sua firme intenção de manter políticas ambiciosas com vista à neutralidade carbónica em 2050".
Ainda em matéria ambiental, durante a cimeira luso-espanhola, os dois países comprometeram-se em criar estruturas permanentes para controlar o cumprimento da convenção que regula a gestão dos rios partilhados, e António Costa anunciou que Portugal, Espanha e França têm de apresentar em Bruxelas o projeto de interligações energéticas até 15 de dezembro.
Decisores políticos, académicos e organizações não-governamentais reúnem-se entre hoje e o próximo dia 18 na COP27. Nesta conferência estarão responsáveis políticos em representação de mais de duas centenas de países.