O Centro Interpretativo do Caminho de Ferro do Monte abriu a exposição 'Em dois tons' da autoria de Jacinto Rodrigues, ontem, e juntou mais de meia centena de pessoas. 

Esta exposição apoiada pela Câmara Municipal do Funchal, de entrada livre, é uma abordagem escultórica de Jacinto Rodrigues ao espaço arquitetónico do Centro Interpretativo do Caminho de Ferro do Monte e à natureza que o envolve. O escultor deixou-se influenciar pela história deste local, das suas tradições e costumes, e pal sua infância, pautada pela sua caminhada vertical frequente a este sítio. Para a sua expressão plástica escolheu as madeiras e pedras. As peças proporcionam composições a dois tons: o branco, simbolizando os trajes típicos dos carreiros, e a madeira, na sua forma natural e no seu produto mecanizado, a tábua.

Sendo esta exposição num espaço museológico, já preenchido com o objectos inerentes ao centro interpretativo, o escultor intervém neste local com as obras de obra, quer no interior quer no exterior. Salienta-se que a peça exterior, 'A Descoberto', apela à intervenção dos visitantes, que nela podem exprimir-se através de escrita na peça, complementado-a. 

Jacinto Rodrigues nasceu em 1973, no Funchal e expõe desde 1998. Tem exposto regularmente individualmente, tal como em 2022 'Do Ponto à linha' no Solar do Ribeirinho, em Machico, em 2021 'Espaços em volta', no Parque de Santa Catarina, em parceria, inclusive em 2009 com “Preto e Branco”, com Miguel Ângelo, na Avenida Arriaga e em 2001 com 'Titâniotraquito', com Eduardo Freitas, na Galeria SRTC, e em formato colectivo, em 2019 com 'O mês da Festa' na Galeria Anjos Teixeira e em 2007 “Churrascada do Artista”, organizado pelo Rotary Club do Funchal. Para além disso, Jacinto Rodrigues ganhou diversos prémios, entre os quais o 1º prémio no concurso 30 anos de autonomia, em 2006 e o 1º prémio no concurso salão de primavera, em 1998.