Banco Mundial aprova 497 milhões de dólares para renováveis na África do Sul
O Banco Mundial vai financiar com 497 milhões de dólares (499,6 milhões de euros) um programa de energia renovável da estatal sul-africana Eskom, que envolve a reconversão de uma central a carvão, foi hoje anunciado.
"O descomissionamento e reaproveitamento da central a carvão de Komati é um projeto que pode servir como referência sobre como fazer a transição de ativos de combustíveis fósseis para futuros projetos na África do Sul e em todo o mundo", salientou o Banco Mundial, em comunicado divulgado hoje pelo Tesouro Nacional sul-africano.
"A redução das emissões de gases de estufa é um desafio difícil em todo o mundo, e particularmente na África do Sul, dada a alta intensidade de carbono do setor de energia", referiu o presidente do grupo Banco Mundial, David Malpass, acrescentando que "o encerramento da central de Komati esta semana é um bom primeiro passo para o desenvolvimento de baixo carbono".
Segundo o Banco Mundial, a África do Sul dispõe de 15 centrais de energia elétrica a carvão, com uma média de 41 anos de atividade, que fornecem 38.7 GW ('Gigawatts')da capacidade da rede nacional instalada de 52.5 GW.
O comunicado divulgado pelo Tesouro refere que o financiamento do projeto de Komati é constituído por "um empréstimo de 439,5 milhões de dólares do Banco Mundial, um empréstimo concessional de 47,5 milhões de dólares do Canadian Clean Energy and Forest Climate Facility (CCEFCF), e de um donativo de 10 milhões de dólares do Programa de Assistência à Gestão do Setor de Energia (Esmap)".
Na 26.ª Conferência das Nações unidas sobre Alterações Climáticas (COP26), realizada em novembro do ano passado na cidade escocesa de Glasgow, os Estados Unidos da América e vários países europeus anunciaram um apoio de 8,5 mil milhões de dólares à África do Sul para ajudar o país a gerir a transição energética, reduzindo o uso de carvão até 2026.