Ministério da Justiça está a fazer "levantamento" para decidir reforço de pessoal
A ministra da Justiça disse hoje, em Ourém, que está a ser feito "um levantamento das necessidades" para um reforço de pessoal na área da Justiça, admitindo a discussão de "algumas alterações" relativamente aos guardas prisionais e aos restantes funcionários.
Catarina Sarmento e Castro, que hoje encerrou as II Jornadas de Direito Criminal da Comarca de Santarém, no Teatro Municipal de Ourém, disse aos jornalistas que as reivindicações dos guardas prisionais, cuja greve às diligências originou o adiamento de centenas de audiências desde o início de setembro, serão um dos assuntos a ser tratados na reunião que o secretário de Estado da Justiça terá no próximo dia 15 com os sindicatos.
Nessa reunião será, igualmente, abordada a situação do restante pessoal na área da Justiça, disse.
Catarina Sarmento e Castro afirmou que o Ministério da Justiça está a construir um "mapa das necessidades baseado, fundamentalmente, por exemplo, na idade das pessoas, quantas se vão reformar, quantas é que entraram, quantas é que vão sair e, deste quadro (...), reforçar o pessoal".
Os guardas prisionais queixam-se da estagnação das carreiras e de falta de pessoal nas cadeias, tendo realizado, no passado dia 06 de setembro, uma vigília em frente ao Ministério da Justiça para fazerem ouvir as suas reivindicações, dada a ausência de resposta ao pedido de audiência que tinha sido feito pelo Sindicato Nacional do Corpo da Guarda Prisional.