Pai suspeito de agredir filha de sete meses em Coimbra impedido de se aproximar da menina
Um jovem de 21 anos, suspeito de ter agredido, por várias vezes, a sua filha de sete meses, em Coimbra, foi impedido pelo tribunal de se aproximar da menor e da sua mãe, revelou o Ministério Público.
No primeiro interrogatório judicial, o Tribunal de Instrução Criminal determinou, como medidas de coação, o afastamento do arguido da residência do casal e a obrigação de não se aproximar das vítimas, nem do respetivo local de trabalho e da creche, com fiscalização através de meios eletrónicos de controlo à distância, referiu o Ministério Público de Coimbra, em nota publicada na sua página.
O arguido está ainda impedido de adquirir ou deter qualquer tipo de arma e obrigado a continuar "o tratamento dos seus problemas de saúde".
Não se pode ainda ausentar da área do concelho da sua nova residência e está obrigado à apresentação duas vezes por semana perante uma autoridade policial.
O jovem de 21 anos está indiciado pela prática de dois crimes de violência doméstica e um crime de detenção de arma proibida.
De acordo com o Ministério Público (MP), o jovem terá, por diversas vezes, molestado a sua filha menor, atualmente com sete meses de idade, "desferindo-lhe palmadas, com força, na face e nas nádegas", entre agosto e novembro.
"Mais se considerou indiciado que, no dia 26 de novembro de 2022, no concelho de Coimbra, o arguido arranhou a filha no rosto e desferiu-lhe palmadas na cara, perna e nádegas. Nessa altura, perante a intervenção da mãe da criança e companheira do arguido, este muniu-se com umas matracas e começou a deambular pela casa, empunhando-as", realçou o MP.
Segundo a mesma nota, com receio do arguido, a progenitora fechou-se com a filha no quarto, até à chegada da PSP de Coimbra, que deteve o jovem em flagrante delito.
"Considerou-se, ainda, indiciado que o arguido molestou física e psicologicamente a sua companheira, com quem coabitava, desde que a mesma se encontrava grávida da filha de ambos. Nessas circunstâncias, o arguido controlava a vítima, retirava-lhe o telemóvel e trancava-a em casa, impedindo-a de pedir ajuda. E também a agarrava pelos pulsos e braços, com força", alegou o MP.
A investigação está a ser realizada sob a direção da Secção Especializada em Violência Doméstica do Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) da Comarca de Coimbra.