EUA anunciam venda de armas ao Qatar durante o intervalo do jogo EUA-Irão
O governo de Joe Biden aprovou na terça-feira a venda de armas para o Qatar no montante de mil milhões de dólares.
A informação foi divulgada durante o intervalo do jogo de futebol entre os EUA e o Irão, a contar para o 'mundial' de futebol que decorre no Qatar.
O Departamento de Estado anunciou que tinha assinado um contrato com o Qatar para o fornecimento de dez sistemas defensivos com aparelhos não tripulados (drones) e 200 intercetores e equipamento relacionado.
O Qatar, juntamente com outros Estados do Golfo Arábico (ou Pérsico), enfrenta ameaças de aliados do Irão na região.
O Departamento adiantou, em comunicado, que a venda iria "apoiar a política externa e os objetivos de segurança nacional dos EUA, ao ajudar a melhorar a segurança de um país amigo que continua a ser uma força importante para a estabilidade política e o progresso económico no Médio Oriente".
Mil milhões de dólares em sistema anti-drone
No desenvolvimento da notícia, sabe-se que o Governo dos Estados Unidos autorizou a venda ao Qatar de sistemas 'antidrones' no valor de 1.000 milhões de dólares (cerca de 970 milhões de euros), divulgou esta terça-feira o Departamento de Estado norte-americano.
O Qatar pretende adquirir dez sistemas FS-LIDS, capazes de detetar 'drones' em baixa altitude, identificá-los e neutralizá-los por interferência eletrónica, e 200 intercetores Coyote Block 2.
Esta venda de equipamentos militares sensíveis teve que ser previamente aprovada pelo Governo norte-americano, referiu o Departamento de Estado em comunicado.
O FS-LIDS é fabricado pelo SRC Research Center, da Syracuse University, enquanto o Coyote é produzido pela Raytheon.
"A proposta de venda fortalecerá as capacidades do Qatar para responder às ameaças presentes e futuras" representadas pelos 'drones', salientou a diplomacia norte-americana.
Caso seja confirmada, esta venda de armas "irá atender à política externa e aos objetivos de segurança nacional dos Estados Unidos, ajudando a melhorar a segurança de um país amigo", acrescentou o comunicado.
Os rebeldes pró-iranianos houthis assumiram a responsabilidade por vários ataques com 'drones' contra vários países do Golfo.
Desde o início da invasão russa da Ucrânia que Moscovo e Kiev têm feito um uso intenso de 'drones' nos combates.