G7 vai apoiar ucranianos no Inverno para evitar que morram
O grupo dos sete países mais industrializados (G7) vão coordenar o apoio à Ucrânia no inverno, anunciou hoje a chefe da diplomacia alemã, acusando a Rússia de pretender matar os ucranianos de fome ou frio.
"Não permitiremos que a brutalidade desta guerra conduza à morte em massa de idosos e crianças, jovens ou famílias nos próximos meses de inverno", disse Annalena Baerbock na abertura de uma reunião do G7, segundo a agência francesa AFP.
A organização do apoio à Ucrânia está no topo da agenda do encontro ministerial de dois dias, em Muenster (oeste), para o G7 enviar uma nova mensagem de firmeza à Rússia, que invadiu o país vizinho em 24 de fevereiro deste ano.
Baerbock acusou o Presidente russo, Vladimir Putin, de "tentar fazer com que os ucranianos morram à fome, sedentos ou congelados com a sua estratégia de atacar as suas infraestruturas críticas".
"É exatamente isso que nós, os parceiros do G7, tentaremos evitar com todos os meios à nossa disposição", disse Baerbock, citada pela agência espanhola EFE.
Recordou que a Rússia tem intensificado os ataques a infraestruturas críticas da Ucrânia, especialmente instalações energéticas, provocando cortes no fornecimento de eletricidade e de água potável.
Referiu-se também ao fornecimento da Alemanha e outros aliados ocidentais de geradores, aquecedores, bombas de água, equipamento sanitário, habitações pré-fabricadas, cobertores e tendas para apoiar a população ucraniana.
A Alemanha preside atualmente ao G7, de que fazem parte também Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido.
A Ucrânia é o tema dominante do encontro, mas a situação na China e as tensões com Taiwan também serão discutidas, bem como a situação no Irão.
Baerbock, que é mais crítica de Pequim do que o chanceler Olaf Scholz, alertou para o perigo de "repetir os erros do passado" com a China.
A dirigente do partido Verdes disse que os países do G7 estão prontos para considerar a China como concorrente e rival, segundo a agência francesa AFP.
"O Japão, como país do G7, salienta regularmente como é importante para nós reconhecer e ver que a China mudou nos últimos anos, que não é apenas um parceiro em questões internacionais, mas também um concorrente e ainda mais um rival", disse.
"É com isto em mente que a China estará hoje na agenda da reunião do G7", acrescentou a ministra alemã.
Scholz partiu hoje para Pequim, onde se reunirá com o Presidente Xi Jinping.
É o primeiro líder de um país da União Europeia (UE) a visitar a China desde 2019.
Tanto os Verdes como os liberais, os dois parceiros governamentais dos sociais-democratas de Scholz, advertiram, nos últimos dias, contra o estabelecimento ou alargamento de relações de dependência, especialmente com regimes autoritários.
Os ministros dos Negócios Estrangeiros do G7 discutirão também a eficácia das sanções contra a Rússia e espera-se que abordem também medidas futuras nesta área.