"O analfabeto do futuro não será quem não sabe escrever, e sim quem não sabe fotografar"
A Galeria Anjos Teixeira realizou, esta tarde, uma 'mesa redonda' sobre a fotografia, uma iniciativa intitulada 'Vamos falar de fotografia', onde usaram da palavra Francisco David, Clara Pereira, Ana Marta e Miguel Nóbrega.
Um dos mais famosos vaticínios sobre o “futuro” da fotografia foi formulado por Lázló Moholy-Nagy, nos tempos heroicos do modernismo: "o analfabeto do futuro não será quem não sabe escrever, e sim quem não sabe fotografar". Era uma premonição do lugar que a imagem técnica iria ocupar em nossa civilização.
A tecnologia e os meios digitais permitiram uma expansão exponencial dos recursos de manipulação, processamento, e distribuição de imagens. Elevaram ao infinito as possibilidades de apropriação, hibridação e transformação das fotografias. E esta é uma das componentes, entre outras, da atualidade com os desafios que se colocam à fotografia.
Nesta iniciativa cultural da Galeria Anjos Teixeira esteve em debate o como, nas últimas décadas, estamos vendo nascer uma nova fenomenologia da fotografia. Uma fenomenologia que não é apenas a da “imagem feita”, mas outra que busca incorporar tanto as dimensões do “fazer fotográfico" (que se orienta para o futuro), como a do objeto que lhe serve de suporte (a sua presença, aqui presente).