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EasyJet regista perdas anuais de 194 milhões de euros

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A companhia aérea EasyJet registou perdas líquidas anuais até 30 de setembro de 169 milhões de libras (194,3 milhões de euros), menos 80% do que em período homólogo devido ao bom desempenho durante o verão na Europa.

Num comunicado enviado à Bolsa de Valores de Londres, a companhia aérea de viagens 'low cost' indicou que os prejuízos anuais antes de impostos foram de 208 milhões de libras (239 milhões de euros), em comparação com 1.036 milhões de libras (1.191 milhões de euros) no período homólogo.

Os lucros totais do exercício atingiram os 5.769 milhões de libras (6.634 milhões de euros), mais 295% do que no ano anterior, enquanto os prejuízos operacionais atingiram os 27 milhões de libras (31 milhões de euros), face aos 910 milhões de libras (1.046 milhões de euros) no mesmo período do ano passado.

A 30 de setembro, o ativo líquido ascendia a 2.533 milhões de libras (2.912 milhões de euros), enquanto a dívida líquida chegava a 670 milhões de libras (770 milhões de euros).

Segundo a EasyJet, a empresa tem tido um número significativo de 'slots' (descolagem e aterragem), o que tem gerado um bom desempenho, enquanto o rendimento foi bom na área da EasyJet Holidays, obtendo 38 milhões de libras (43 milhões de euros) dos lucros antes de impostos.

O diretor executivo da empresa, Johan Lundgren, disse que a EasyJet recuperou neste verão, ao registar uma forte receita no quarto trimestre do ano (julho a setembro).

"A EasyJet tem um bom desempenho em tempos difíceis", apesar de um ambiente de "alto custo", disse o responsável, acrescentando que a companhia aérea está bem posicionada para gerar lucro.

A empresa reconhece, em comunicado, que teve de enfrentar situações difíceis este ano devido à variante ómicron da covid-19, ao impacto da invasão russa na Ucrânia e aos desafios operacionais desde que houve um retorno na procura após o levantamento das restrições imposta pela pandemia.

Em 2022, a companhia transportou 69,7 milhões de passageiros, um aumento de 242% em relação ao ano anterior, enquanto a taxa de ocupação foi de 85,5%, face a 72,5% no ano anterior.

A companhia aérea disse ainda que neste ano fiscal tinha uma capacidade para 81,5 milhões de lugares e que em 30 de setembro contava com 320 aeronaves.