A bola seca tudo à volta...
O mundial de futebol é como os eucaliptos, seca quase tudo à volta. Neste domínio, a RTP3 pública é igual às estações privadas...
«Esqueçamos isto. Concentremo-nos na equipa»(!), disse o presidente da República e já no Catar assegurou que, cá os direitos humanos são um exemplo. Aquela afirmação é uma desgraça para alienar e esta é inverdade. Basta dizer que as mulheres assassinadas o desmentem! Não devia ter ido, assim como, Santos Silva, segunda figura de Estado e o primeiro-ministro não devem ir. Quem os convidou? Ninguém, e vão a expensas do erário público, que dizem estar minguado para tanta, tanta urgência. São coniventes com: relvados dos estádios ensanguentados, por 15000 operários imigrantes mortos nas suas construções; direitos das minorias, como LGBT, espezinhados até à prisão; direitos das mulheres reduzidos; securitização com um polícia em cada esquina; crianças maltratadas porque não há lei que as proteja; etc. Vão caucionar uma monarquia medieval autocrática, que tem as prisões a abarrotar de presos políticos!
Marcelo, lá, falou de direitos. Só os ocidentais o ouvem. Os petrodólares não querem saber disso para nada e ele sabe-o.
A frase: «esqueçamos isto», também nos quer dizer: é preciso desligar o pensamento. Pensar é perigoso! E corrobora com o «mãos sujas», presidente da FIFA, quando este defende com unhas e dentes o evento. Pudera...
Pobre e meu amado Portugal, que tem uma governança, que na hora agá se vende por poucochinho.
Vítor Colaço Santos