Numa sala bem composta, na sua larga maioria, por agricultores e empresários ligados ao sector agrícola regional, foram ontem debatidos, no âmbito do 'Compromisso 2030', alguns dos desafios que se colocam, actualmente, a esta actividade, bem como os caminhos a seguir, de modo a garantir a sua sustentabilidade futura.

De modo a alcançar uma melhor sustentabilidade económica e ambiental do sector, é fundamental que haja uma ligação equilibrada entre a produção regional, a preservação do ambiente e o meio natural envolvente, valorizando a economia circular e maximizando todos os recursos que existem ao dispor.

Uma aposta na sustentabilidade ambiental que visa corresponder àquela que tem sido uma das principais preocupações manifestadas pela procura dos produtos regionais, levando a que, durante esta Conferência, fosse lançado o desafio de sensibilizar os Madeirenses “para o consumo do que é nosso, do que é produzido por nós, como sendo um produto de qualidade e de valor acrescentado”.

Uma estratégia que, conforme sublinharam alguns dos participantes, “é possível de materializar recorrendo às novas tecnologias e garantindo que, neste sector, a inovação ganhe outro peso e prioridade, reforçando, em simultâneo, a sua maior atractividade aos olhos dos mais jovens”, de modo a que a produção regional tenha maior capacidade para cumprir este objectivo, beneficiando os agricultores e satisfazendo a procura em crescendo com estas características. 

Entre muitas outras ideias deixadas neste encontro, sublinhe-se a aposta que poderia vir a ser feita, pela Região e no futuro, na compostagem enquanto solução para os efluentes pecuários – tanto mais à luz dos aumentos que se têm vindo a verificar nos factores de produção – e, também, a garantia de mais apoios e incentivos à produção, sem esquecer a necessária desburocratização dos processos.