Vira o disco e toca o mesmo
Deve ser duro para o PS. A falta de solidariedade do partido nacional é de tal ordem que prejudica em primeira mão os madeirenses, mas logo a seguir os socialistas locais. A menos de um ano das eleições é cruel. Porque os efeitos do escrutínio popular não deixarão de repercutir-se de forma correspondente ao comportamento centralista cegamente adverso aos interesses regionais.
É a reprovação, entre tantas outras, da verba comprometida e em falta para o novo hospital ou da justa majoração do financiamento para a Universidade da Madeira, privilegiando a dos Açores, com utilização de critérios sem sentido.
Mas, também, a questão fundamental do subsídio de mobilidade, resolvidíssima há anos no país vizinho, por exemplo, e aqui, sempre a ser adiada, contrariando a lei. No final propósito de subsidiar de forma encapotada a falida TAP, ao arrepio das normas comunitárias.
Depois da estranha proposta de revisão constitucional minimalista cuja única preocupação parecia a de limitar os mandatos do presidente do governo, como se isso fosse um tema preocupante e a carecer de urgente solução, para a qual até nem dá o exemplo porque não pratica para si próprio, vem este lamentável comportamento quanto às propostas da Madeira ao orçamento do Estado.
Se juntarmos a questão fundamental da alteração da discriminatória Lei de Finanças Regionais, sempre adiada, adiando também o fim para que nasceu, podermos planear o futuro com estabilidade, fica mais uma vez retratada a inaceitável teimosia e desprezo institucional. Malgrado as promessas de diálogo. Virou o disco e tocou o mesmo. A música gasta e arrastada do costume.