PSD mobilizado, em coligação, para "vencer as Eleições Regionais de 2023"
“Temos de ganhar, de forma contundente, as Eleições Regionais do próximo ano, para bem do nosso povo, da autonomia e do desenvolvimento integral da Madeira” afirmou hoje, o presidente do PSD/Madeira, Miguel Albuquerque, no arranque do Conselho Regional do partido que teve lugar na Casa das Mudas, na Calheta. O encontro teve por porta-voz Adolfo Brazão.
Na ocasião, o líder do partido no poder apelou à "unidade na acção e a mobilização" do partido, assim como para a "necessidade de manter a estratégia e o trabalho que têm vindo a ser desenvolvidos a favor dos madeirenses".
Sobre o principal adversário político, Albuquerque disse que o PS que "está claramente identificado e que esquece a Madeira para estar ao serviço de Lisboa".
O líder 'laranja' defendeu igualmente que "o PSD/M tem de continuar a afirmar-se como uma referência, em termos de estabilidade, segurança e desenvolvimento".
O presidente dos social-democratas madeirenses disse ainda que a coligação com o CDS-PP é para manter nas Regionais de 2023.
Lembrando "as diferentes dificuldades que a Madeira enfrentou, nestes últimos anos, na governação" e "a forma como soube ultrapassar todos os desafios", Albuquerque frisou que "se a maioria que governa está a funcionar bem, não há razões para a mudar".
Na mesma linha, o secretário-geral do PSD/Madeira, José Prada, afirmou que "o partido está "coeso, activo e determinado no trabalho que tem a fazer" e apelou à apelou à mobilização dos militantes.
José Prada diz conta com todos "para uma luta que precisa de ser intensificada contra todos aqueles que colocam em causa a Madeira", numa alusão directa ao Governo da República “que não cumpre" e "discrimina" os madeirenses.
À margem desta reunião presidente da mesa do Conselho Regional, João Cunha e Silva elogiou a estratégia que consta do Orçamento Regional para 2023 e "todo o apoio que o mesmo espelha relativamente aos cidadãos, às famílias e empresas", que a ser ver "contrasta com a postura assumida pelo Governo da República, designadamente ao aprovar um Orçamento do Estado para 2023 que falha, mais uma vez, com a Região".
Como exemplos apontou a verba prometida para o novo Hospital, a questão do subsidio de mobilidade e a majoração do financiamento à Universidade da Madeira, "mais uma vez prejudicada face à Universidade dos Açores".
Eis as conclusões que foram aprovadas por unanimidade pelo Conselho Regional do PSD/Madeira, reunido este sábado, a 26 de Novembro, no Museu Casa das Mudas:
1. "O Conselho Regional congratula-se com a proposta de Orçamento Regional apresentada para 2023, proposta essa que, em traços gerais, mantém a estratégia de desagravamento fiscal – numa redução de impostos que tem impacto nas famílias (IRS e ISP) e nas empresas (IRC, Derrama e ISP) –, assume o apoio social como prioridade absoluta, aposta decisivamente nas áreas da saúde e da educação e garante, ao mesmo tempo, as bases para que a Região prossiga o seu crescimento económico, através de medidas concretas de apoio ao tecido empresarial, visando mais investimento e criação de emprego.
2. Um Orçamento que prioriza, também, a inovação, a sustentabilidade ambiental, a modernização administrativa e a valorização das carreiras profissionais da administração pública regional, assegurando, simultaneamente, o rigor e a boa gestão das finanças públicas.
3. Princípios que fazem com que este Orçamento Regional se distancie, em toda a linha, do Orçamento do Estado para 2023, aprovado ontem, através do qual, pese embora a ilusória e curta abertura para o diálogo, o Governo da República veio confirmar que está contra a Madeira, que ignora as suas necessidades, que não permite a igualdade de tratamento das entidades regionais face às nacionais e que desrespeita os compromissos assumidos, tais como a implementação do subsídio de mobilidade, o financiamento ao novo Hospital ou a ligação marítima entre a Madeira e o continente.
4. Uma postura contra a Madeira que contou com a conivência e a subserviência habitual dos deputados socialistas eleitos pela Região à Assembleia da República que, mais uma vez, por falta de interesse, de força ou de capacidade, optaram por ficar ao lado do Partido, votando contra a Madeira e demonstrando, com isso, o quanto são incapazes de assumir a defesa e a salvaguarda dos direitos dos Madeirenses a nível nacional.
5. O Conselho Regional sublinha, por outro lado, a abertura e o acolhimento, por parte do Partido a nível nacional, das legitimas pretensões da Madeira quanto à urgente revisão Constitucional, consubstanciadas numa proposta global de revisão que, ajustada aos desafios do País, valoriza a Autonomia e o seu aprofundamento futuro, a favor da Madeira e dos Açores.
6. Uma revisão essencial que dispensa os subterfúgios já assumidos, publicamente, pelo PS, quanto à sua concretização – mesmo ciente de que a mesma só avança com o seu voto favorável – numa posição política que deixa antever o adiamento de mais esta oportunidade crucial para o País e para as suas duas Regiões Autónomas.
7. Aliás, lamenta-se que o PS tenha sido o único Partido a relegar a Autonomia para segundo plano, com a conivência dos deputados eleitos pela Região à Assembleia da República, limitando-se a apresentar um projeto simplista e redutor que ignora as Regiões e que apenas vem confirmar o espírito e a visão centralista com que governa Portugal.
8. A outro nível, o Conselho Regional enaltece o extraordinário trabalho que continua a ser desenvolvido, pelo Governo Regional, no rigoroso cumprimento do seu Programa de Governo e, igualmente, as medidas que estão em curso, dirigidas aos cidadãos, às famílias e às empresas, para minimizar os impactos da crise decorrente da guerra na Europa.
9. Entre outros exemplos, refira-se a redução nas taxas de ISP na Madeira, o Programa de apoio suplementar ao rendimento de trabalho dos cidadãos e das famílias com baixos rendimentos – PROAGES, o Complemento Regional para idosos, as tarifas sociais para o consumo de água potável, o Programa Gás Solidário, a tarifa Social de Energia para famílias carenciadas e o apoio extraordinário ao setor dos transportes. Isto, a par da constituição de uma reserva estratégica de cereais, da manutenção do forte apoio ao preço dos passes, assim como a redução do IVA na eletricidade, o apoio na água de rega aos agricultores e os apoios que foram concedidos ao setor pecuário regional, entre muitos outros exemplos.
10. O Conselho Regional assinala, também, a dinâmica e a mobilização interna do Partido, claramente evidentes nas suas diferentes estruturas, destacando-se a estratégia de proximidade que tem vindo a ser desenvolvida, localmente, pelas Comissões Políticas Concelhias e de Freguesia, num trabalho que é de louvar tanto mais quando reforça o diálogo e a abertura do Partido à comunidade, em prol do encontro permanente das melhores soluções para a Madeira e para o Porto Santo.
11. Abertura à sociedade recentemente reforçada através do lançamento do projeto de auscultação pública “Compromisso 2030”, cujas primeiras iniciativas têm vindo a cumprir o objetivo de ouvir, esclarecer e preparar, conjuntamente com os cidadãos, as bases do próximo Programa de Governo a apresentar aos Madeirenses, nas Eleições Regionais de 2023.
12. Sublinhando a unidade na ação, a mobilização e o trabalho de proximidade que continuam a ser a marca identitária do PSD/Madeira, o Conselho Regional lembra, por fim, a realização do tradicional Jantar de Natal do Partido a 9 de dezembro, no Madeira Tecnopolo, um Jantar que conta com todos e que se espera que venha a ser mais uma grande manifestação de força, de união e de vivacidade rumo ao futuro".