16 mulheres vítimas de violação na Madeira em 2022
A conclusão é do Observatório de Mulheres Assassinadas da associação UMAR
De Janeiro a Novembro deste ano foram mortas em Portugal 28 mulheres em Portugal, em contexto de violência doméstica. Na Madeira não se verificaram femicídios, mas o número crescente de agressões de natureza sexual contra mulheres, raparigas e meninas preocupa
A UMAR Madeira – União de Mulheres Alternativa e Resposta apresentou, hoje, 25 de Novembro, os dados do Observatório das Mulheres Assassinadas (OMA) referentes ao ano de 2022, numa conferência de imprensa que teve lugar na sede da associação, no Funchal.
Entre 1 de Janeiro e 15 de Novembro deste ano, o Observatório contabilizou, 28 mulheres mortas em Portugal. “Apesar do triste aumento em relação ao ano passado (mais 5) este ano, felizmente, não ocorreu nenhum assassinato na Região Autónoma da Madeira”, revelou a coordenadora da UMAR em declarações à imprensa.
Numa nota menos positiva deu conta que, no último ano “foram registadas e confirmar-se como crime 16 violações e quatro tentativas de violação, não só contra mulheres, mas também raparigas e meninas”.
Segundo o Observatório, os agressores incluem familiares como pais e irmãos. Um destes crimes ocorreu em contexto de violência doméstica.
O Observatório de Mulheres Assassinadas da UMAR, iniciado em 2004, constitui-se como um grupo de trabalho que pretende desenvolver o estudo do homicídio e tentativa de homicídio por violência de género e conhecer o seguimento dos casos em consequência da violência contra as mulheres ou violência de género.
“Desocultar esta realidade até há pouco silenciosa, valorizar as mulheres vítimas desta violência extrema e propor medidas que auxiliem na prevenção deste crime” são os principais objectivos deste Observatório.
O grupo de trabalho da UMAR que leva a cabo esta tarefa consiste num conjunto de voluntárias/os, integrando investigadoras/es, juristas, psicólogas, educólogas e docentes. Uma das suas metas consiste em apresentar os resultados desta pesquisa de forma regular.
Sem mortes este ano por violência doméstica na Região
Em 2022 mais de 30 mulheres já apoiadas nas três casas de acolhimento regionais