Putin diz partilhar dor de mães de soldados e pede que não acreditem em tudo
O Presidente russo, Vladimir Putin, disse hoje às mães e mulheres de soldados destacados na Ucrânia que "partilha a dor" de quem perdeu filhos e pediu-lhes que não acreditem nas "mentiras" sobre a operação militar.
"Quero que saibam que eu, pessoalmente, e todos os líderes do país, partilhamos dessa dor. Sabemos que nada pode substituir a perda de um filho", afirmou Putin.
O líder do Kremlin falava num encontro com mães e mulheres de soldados que estão na frente ucraniana, depois de várias queixas sobre a falta de equipamento, armamento e treino militar e atrasos no pagamento dos salários dos soldados.
"A vida é mais complicada do que aquilo que vemos na televisão ou na internet (...), há muitas mentiras", acrescentou o Presidente russo, apelando para não acreditarem em alegadas falsidades sobre a ofensiva na Ucrânia.
Os serviços de informações norte-americano e britânico indicam desde há alguns meses que o Exército russo enfrenta escassez de efetivos, armamento e munições na Ucrânia, onde iniciou uma invasão a 24 de fevereiro que ainda perdura.
Peritos europeus citados por diversos 'media' têm considerado que a retirada russa do terço norte da região de Kherson foi motivada, mais que o avanço do inimigo ou problemas de abastecimento, pela escassez de munições, que apenas chegariam para mais um mês de combates.
Na quinta-feira, o Presidente russo ordenou o fornecimento de mais armamento "de qualidade" às tropas que combatem na Ucrânia, quando se cumprem nove meses do início da campanha militar desencadeada por Moscovo.
"É importante não apenas aumentar o volume e a variedade dos fornecimentos, mas também melhorar a sua qualidade", disse Putin durante uma reunião do Conselho Coordenador destinado a garantir as necessidades das Forças Armadas.