Madeira

Sem mortes este ano por violência doméstica na Região

Em 2022 mais de 30 mulheres já foram apoiadas nas três casas de acolhimento regionais

No dia em que se assinala a erradicação da violência doméstica feminina,  Rita Andrade, secretária regional da Inclusão Social e Cidadania, destacou que este ano não há registo de mortes por violência doméstica na Região. 

"Em 2021 registaram-se três mortes de três mulheres e este ano, felizmente, aqui na Região ainda não se registou nenhuma morte", frisou, apelando que as pessoas continuem a denunciar situações de maus-tratos e violência. 

"A realidade é que muitas vezes as pessoas só denunciam ao fim de 20 anos de sofrimento. É muito tempo e condiciona toda uma vida. Quem vive assim não tem qualquer dignidade e perde toda a sua auto-estima e pode estar em risco de vida", afirmou.

A governante realçou que na Região existem um "conjunto de respostas" onde as vítimas podem dar o passo em frente para ter uma melhor vida, como são as três casas de acolhimento existentes: a Associação de Presença Feminina, Centro Social e Paroquial de São Bento e Centro Social e Paroquial de Santo António.

"Entre as três instituições são mais de 45 camas aqui na Região", frisou, realçando também a Casa de Emergência existente no Porto Santo e explicando a razão de na ilha dourada não existir nenhuma casa de acolhimento. "É uma ilha muito pequena e qualquer casa de abrigo fica demasiado exposta e os agressores vão saber onde ela se situa. Por isso, existe sim uma casa de emergência, que é de resposta imediata. No caso da pessoa necessitar de abrigo vai ter que sair do Porto Santo", disse.

Em relação aos números de pessoas acolhidas, Rita Andrade assinalou que neste ano, que ainda não terminou, quase 30 mulheres já foram acolhidas em casas de abrigo regionais. 

Nós não queremos diminuir os números, queremos colocá-los a zero. Queremos dar tolerância zero a este fenómeno. De qualquer modo, sentimos que mais denúncias as pessoas estão mais sensíveis, conscientes para a necessidade de denunciar, de evitar mortes e de diminuir este fenómeno, que é transversal a qualquer classe, religião e etnia. Por isso, apelamos à denúncia Rita Andrade, secretária regional de Inclusão Social e Cidadania