Comando Operacional da Madeira coordenou exercício pioneiro de drones
O Comando Operacional da Madeira (COM) coordenou entre os dias 20 e 23 de Novembro o Exercício DRONEX 22, dedicado à operação de Sistemas Aéreos Não Tripulados (SANT). No evento participaram nove entidades, militares e civis, precisamente o COM, a Esquadra 991 da Força Aérea Portuguesa, o Centro de Informações e Segurança Militares, o Comando Operacional dos Açores, o Comando da Zona Militar da Madeira, o Comando da Zona Marítima da Madeira, o Serviço Regional de Proteção Civil, a Associação Madeirense para o Socorro no Mar (SANAS) e a Agência Regional para o Desenvolvimento da Investigação, Tecnologia e Inovação (ARDITI).
O 'DRONEX 22' teve como finalidade o treino da interoperabilidade entre os sistemas dos diferentes drones e as capacidades de Comando e Controlo do Centro de Operações do Comando Operacional da Madeira.
Durante os três dias de operação conjunta, os SANT foram empenhados em missões de vigilância marítima, busca e salvamento, reconhecimento, seguimento e observação em cenários diversos cenários, adequados às capacidades e necessidades operacionais de cada entidade, num exercício desenvolvido essencialmente no norte da ilha da Madeira, num total de 18 horas de voo.
No decorrer do exercício, foram realizadas missões de natureza essencialmente militar e em cenários híbridos, onde foi importante a implementação de um novo conceito de emprego dos SANT pelas Forças Armadas, no Apoio Militar a Emergências Civis (AMEC) em ações de vigilância. Recorde-se que a nível regional, o Comando Operacional da Madeira é responsável pela integração e coordenação dos pedidos de empenhamento e planeamento integrado de todas as missões.
No treino foram empenhados quatro sistemas diferentes, simultaneamente na procura e identificação de um desaparecido, que aconteceu pela primeira vez na Madeira, testando a interoperabilidade de todos os intervenientes. Também pela primeira vez, o Centro de Operações do Comando Operacional da Madeira, recebeu, integrou, processou e difundiu as imagens captadas por todos os SANT. De realçar ainda, a estreia dos drones da ARDITI em operações militares, com uma Equipa de Militares do Comando da Zona Militar. A pequena dimensão e manobrabilidade dos sistemas mostrou-se extraordinariamente eficaz no apoio às Operações Especiais do Exército.
Os mesmos equipamentos foram certificados pela Proteção Civil, como úteis e eficazes na identificação de viaturas e ocupantes num simulacro de acidente no interior de um túnel com poucas condições de visibilidade.