Taxa de juro no crédito à habitação atinge valor máximo desde Março de 2015
Capital médio em dívida para os contratos de crédito aumentou 2.542 euros no espaço de um ano
Há mais de 6 anos que a taxa de juro no crédito à habitação não apresentava um valor tão alto na Madeira, como em Outubro deste ano.
A taxa de juro implícita no crédito à habitação, na Região Autónoma da Madeira fixou-se em 1,295% em Outubro último, registando um acréscimo de 0,201 pontos percentuais (p.p.) face ao mês anterior, segundo informação do Instituto Nacional de Estatística (INE), publicada esta quarta-feira pela Direcção Regional de Estatística da Madeira (DREM)
A taxa de juro cresce assim pelo 7.º mês consecutivo e atinge o valor mais alto desde Março de 2015. Em Outubro do ano passado, a taxa era de 0,753%.
Com os juros a aumentar, sobem também as prestações dos empréstimos para a casa. O valor médio da prestação vencida para o conjunto dos contratos de crédito à habitação subiu 6 euros face ao mês anterior, para 290 euros, tendo os juros se fixado nos 66 euros (mais 10 euros que no mês anterior e o mesmo valor de Abril de 2015) e a amortização nos 224 euros (menos 4 euros que mês precedente).
No mês homólogo, o valor médio da prestação vencida era de 265 euros, revela a DREM.
Por sua vez, o montante do capital médio em dívida para os contratos de crédito à habitação aumentou, situando-se neste mês nos 61.432 euros (61.157 euros em Setembro de 2022). Um ano antes era de 58.890 euros. Contas feitas, a prestação custa hoje (em Outubro) mais 2.542 euros do que há um ano.
A nível nacional, e no conjunto dos contratos de crédito à habitação, a taxa de juro implícita subiu para 1,328%, mais 0,184 p.p. que no mês anterior.
A prestação média vencida para a globalidade dos contratos aumentou para os 279 euros, tendo o valor do capital médio em dívida crescido para os 61.513 euros (61.089 euros no mês precedente).
No País, os juros subiram 11 euros face ao mês anterior, enquanto o capital amortizado caiu 3 euros.