Ampliação do porto do Funchal será obra a concretizar a “médio prazo”
Albuquerque lamenta que a República não tenha consentido que a mesma fosse incluída no PRR
A pretensão do Governo Regional (GR) em ampliar o molhe da Pontinha em mais 400 metros, que agora poderia ganhar novo impulso com a distinção do porto de cruzeiros da Madeira como Melhor Destino de Cruzeiros da Europa nos ‘World Cruise Awards’, só não é concretizada ‘no imediato’ porque Lisboa não autorizou que esta vultuosa intervenção fosse contemplada ao abrigo do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).
Por essa razão o GR prevê concretizar a desejada ampliação, que há 5 anos estimou poder rondar os 100 milhões de euros, a “médio prazo”.
Embora considera que a relevante obra “devia ter” a comparticipação da República, não é pela falta de solidariedade de Lisboa que a mesma não se realizará, assegurou esta tarde â margem de visita a Residência Artística, em Câmara de Lobos.
Na oportunidade revelou que o Governo Regional tentou incluir este investimento no PRR por entender que “tinha toda a lógica, mas não foi considerada pela República”, lamentou.
Mas deixou a garantia que “quando houver dinheiro e houver condições, vamos avançar com esse aumento”.
A prioridade agora é a construção do novo hospital, que presentemente é “a maior obra nacional e que não demorou 50 anos para decidir como está a acontecer com o aeroporto [de Lisboa]”, rematou. Para este investimento o GR acaba de garantir 158 milhões de euros para financiar a obra.
Por isso a questão da ampliação do porto do Funchal vai continuar em ‘stand by’. “Logo que tivermos condições de financiamento vamos discutir como é que isto (ampliação do porto] vai ser feito” por entender que “é uma obra fundamental para o futuro da Madeira”.
Assegura que a ampliação do porto do Funchal não está dependente da conclusão da obra do novo Hospital Central e Universitário da Madeira, previsto estar terminado em 2027.
Albuquerque lembra que está a decorrer o estudo preliminar que tem por objecto não só a ampliação do porto mas também a protecção de toda a frente Norte do cais 8. “Estudo preliminar que está a ser feito, também para dar uma noção mais real da estimativa de custo”, embora admita que “não será muito, muito superior” aos 100 milhões de euros que perspectivou em 2017. Sobre a conclusão deste estudo prévio, admitiu que tal venha a acontecer “em breve”.
Para Albuquerque a ampliação do porto garantirá “dois factores fundamentais: a segurança da frente mar da cidade e a possibilidade de utilizarmos o cais 8”, concretizou.