Oportunamente os madeirenses "julgarão mais este embuste", diz Patrícia Dantas
“Ouvir que o Governo da República irá solicitar à ANAC a realização de um estudo para um plano de contingência no Aeroporto da Madeira chega a ser, no actual cenário, anedótico, tanto mais quando os madeirenses sabem que aquilo que este Aeroporto realmente precisa é de uma modificação das suas condições de operação, designadamente dos limites de vento que datam de 1964, altura em que a pista tinha menos 1.200 metros” afirmou, hoje, em plenário, a deputada Patrícia Dantas.
A deputada criticou o anúncio feito pelo Governo da República, “que em vez de resolver os problemas, arranja forma de os prorrogar, ainda mais”.
Durante a discussão do Orçamento do Estado na especialidade, Patrícia Dantas acusou o Governo da República de “embrulhar” os problemas, arrastando-os no tempo para prejuízo da Madeira e de todos os madeirenses, usando aquele que é o expediente que mais caracteriza o PS: o de criar grupos de trabalho e promover estudos.
“O povo da Madeira sabe que a alteração das condições de operação no Aeroporto depende precisamente da ANAC que, em 2018, impôs que se instalassem equipamentos para que com isso se fizessem mais estudos e que esse investimento é uma responsabilidade do Estado que ficou por conta da NAV que, ao fim de 5 anos, lançou o concurso público internacional”, vincou.
A deputada lembrou que “os aeroportos da Madeira, bem como as companhias aéreas têm o seu plano de contingência e que estes funcionam”, razão pela qual sublinha que os madeirenses “oportunamente julgarão mais este embuste”.
Patrícia Dantas firmou mesmo que este anúncio “só pode ser entendido à boa maneira do Partido Socialista da Madeira ter alguma coisa a dizer no próximo ano, ano de eleições regionais”.