Suspeito de massacre em bar 'gay' nos EUA foi acusado de crime de ódio
O homem suspeito de matar cinco pessoas e ferir várias outras num bar 'gay' em Colorado Springs, EUA, no passado sábado, foi acusado de homicídio e de crimes de ódio.
Anderson Lee Aldrich, 22 anos, enfrenta cinco acusações de homicídio e cinco acusações de cometer um crime motivado por preconceito que causou lesões corporais, de acordo com registos judiciais conhecidos esta segunda-feira.
Um oficial de segurança disse que o suspeito usou uma arma semiautomática do estilo AR-15 no ataque de sábado à noite, no Club Q, um bar do Colorado frequentado maioritariamente por homossexuais, mas foram ainda recuperadas uma pistola e munições adicionais.
Embora, no sábado, as autoridades tenham dito que nenhum explosivo tinha sido encontrado, os defensores do controlo de armas interrogam-se por que a polícia não tentou acionar uma medida legal do estado do Colorado que permite às autoridades apreender as armas que a mãe do suspeito disse estarem na posse do filho.
O presidente da Câmara de Colorado Springs, John Suthers, explicou que o procurador encarregado da investigação iria apresentar um pedido em tribunal para permitir que a polícia divulgue mais informações sobre o cadastro do suspeito do ataque de sábado.
Dos 25 feridos no Club Q, pelo menos sete estavam em estado crítico, disseram as autoridades.
Comentando o ataque, o Presidente dos EUA, Joe Biden, lamentou que "a comunidade LGBTQI+ tenha sido submetida a mais um terrível crime de ódio".
"Lugares que deveriam ser espaços seguros de aceitação e celebração nunca devem ser transformados em lugares de terror e violência", conclui o Presidente norte-americano.
O tiroteio reacendeu memórias do massacre de 2016 num outro bar 'gay', o Pulse, em Orlando, Florida, que matou 49 pessoas.
No passado, o Colorado foi palco de vários massacres, incluindo o do liceu de Columbine, em 1999, um num cinema nos subúrbios de Denver, em 2012, e um num supermercado de Boulder, no ano passado.
O ataque no Club Q foi o sexto massacre este mês nos Estados Unidos, num ano em que morreram 21 pessoas num tiroteio numa escola de Uvalde, Texas.
Nos EUA, desde 2006, houve 523 assassínios em massa e 2.727 mortes, até 19 de novembro, de acordo com a base de dados da Associated Press/USA Today.