Albuquerque diz que Europa se vai tornar “irrelevante” sem política de defesa comum
Começou o 7º Curso Intensivo de Defesa Nacional, no salão nobre do Governo Regional da Madeira
Miguel Albuquerque foi o orador convidado da sessão de abertura do 7º curso intensivo de Defesa Nacional, que teve início, hoje, no salão Nobre do Governo Regional. A principal ideia que o governante deixou, a uma plateia recheada de militares, mas não exclusivamente, foi que a Europa deixou de ser o centro do Mundo, há um século. Agora, “pode caminhar para a irrelevância, sem uma política de defesa comum”. No entanto, o desenvolvimento dessa política comum não deve ser de costa viradas para os Estados Unidos.
O presidente do Governo Regional também subscreveu o entendimento de que invasão da Ucrânia “veio interpelar para a necessidade de cortar com um conjunto de dependências”, nomeadamente, mas não apenas energéticas.
Miguel Albuquerque quis referir-se a dois factos, que considera primordiais e que não mereceram o relevo adequado pela imprensa: a aprovação da Bússola Estratégia Europeia, pelo Conselho da Europa em Março deste ano; e o novo Conceito Estratégico da NATO (OTAN), em Junho deste ano, em Madrid.
O governante fez questão de recordar que a segurança não é um conceito abstrato, tem um aspecto concreto que é a base do mesmo: a dissuasão.
A segurança nacional enfrenta, hoje, novas variáveis, que não se colocavam há alguns anos e que implicam: “Um colossal investimento tecnológico” e um “colossal e coordenado investimento nas indústrias de defesa”.
Na senda das palavras de Isabel Ferreira Nunes, presidente em regime de substituição do Instituto de Defesa Nacional, Miguel Albuquerque referiu-se especificamente ao espaço e ao ciberespaço, como novas áreas em que é necessário estar e apostar.