Ronaldo unânime na primeira conferência de imprensa no Qatar
Cristiano Ronaldo sente-se "bem, tal como toda a equipa" e preparado "para começar o Mundial da melhor maneira". Estas foram as primeiras palavras do capitão da selecção nacional de futebol que está no Qatar a preparar a estreia (quinta-feira, contra o Gana) no Mundial de Futebol, que ontem teve início.
O futebolista natural da Madeira, centro das atenções sempre que está presente, desta feita reforçada pela recente entrevista a um jornalista inglês, foi hoje protagonista da conferência de imprensa diária. "Tenho sempre boas memórias, momentos bons e outros menos bons, é como tudo na vida, mas acho que estas competições, tal como os europeus, são marcantes e ficam marcantes por tudo em si, pois são competições diferentes em que o mundo todo para, para nos ver, mas o que fica é quase sempre positivo, pois são memórias muito bonitas", disse quando questionado sobre o que se recordava dos anteriores quatro Mundiais em que participou (2006, 2010, 2014 e 2018).
Precisamente pela experiência que tem, foi questionado se Portugal tem hipóteses de vencer a competição, Ronaldo disse que "é tudo muito relativo", acrescentando: "Acredito muito que a nossa selecção tem um potencial enorme. De ganhar, isso já veremos. Eu acredito que sim, tenho essa esperança, tenho esse feeling, mas como essas grandes competições nos dizem, há que pensar com calma, pensar no grupo primeiro, no primeiro jogo, que é com o Gana e é o mais difícil, na minha opinião, porque é para começar bem, ganhar confiança e a partir daí é ir devagarinho."
Numa conferência de imprensa bastante concorrida, realizada pouco depois das 7h15 em Portugal, já pouco depois das 10h00 no Qatar, tanto nas rádios como nas televisões, a intervenção de CR7 foi unânime e todos ouviram o capitão dizer que não pode dizer que a selecção nacional é a melhor, "isso veremos no final", mas "no meu ponto de vista é a melhor geração de selecção, acredito que sim, pois é uma selecção muito boa, tem potencial enorme, é muito jovem, tem um mixt. Vai ser bonito de ver, a exigência é muito grande, mas vamos pensar com calma", mas "para ganhar a competição temos de ser os melhores dentro de campo".
Questionado sobre se este é o Mundial que tem maior responsabilidade, não só pelo que se passou nos últimos tempos, mas por ser provavelmente o seu último Mundial, Cristiano Ronaldo relembrou: "Será o meu quinto Mundial. Responsabilidade? Desde os 11 anos que saí de casa sozinho para ir viver para Lisboa, já com essa idade tive responsabilidade. Mais ou menos, depende do ponto de vista de cada pessoa. Sinto que sou uma pessoa muito mais observada que todas as outras, isso sinto, responsabilidade tenho sempre, como jogador, como amigo, como pai, isso faz parte do meu quotidiano. Por isso, gosto de ter essa responsabilidade, muitas das vezes mais responsabilidade, mas pressão é quase sempre a mesma. Desde muito jovem tive de lidar com isso, às vezes lido mal, às vezes lido bem, depende da situação, depende do momento, depende do calor, mas não sou perfeito. Sinto -me capacitado para assumir as pressões quando tenho de assumir."