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Dionísio Pestana critica dificuldades em obter vistos de trabalho

Grupo Pestana assinala amanhã 50 anos de 'vida'

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Há um problema de burocracia na emissão de vistos de trabalho em Portugal. Quem o diz é Dionísio Pestana, fundador e presidente do Grupo Pestana, na véspera do dia em que o grupo assinala 50 anos de vida.

Reconhecendo que o Governo da República está atento a um problema que afecta a mão-de-obra na hotelaria, o empresário assume que há dificuldades na obtenção dos vistos. Mas não é só nesta questão: "É em outras áreas, tudo demora, acabam por aprovar, mas tarde", disse.

Falando em Câmara de Lobos num encontro com jornalistas, Dionísio Pestana diz que localmente é complicado encontrar recursos humanos.

A alternativa encontrada é contratar no continente, e quando não há, é preciso recorrer a mão-de-obra estrangeira.

Descaracteriza o destino? "É verdade, mas o destino é hoje uma marca internacional e quando se viaja vamos a Espanha vamos à Inglaterra aos Estados Unidos, hoje isso já é o serviço internacional, obviamente era sempre bom manter as nossas raízes e tradição, mas não havendo, não vamos deixar fazer o serviço porque não tem pessoal. Isso infelizmente inverteu-se e o futuro cada vez mais vai ser isso", diz o empresário.

E o problema agrava-se nos hotéis nos destinos mais sazonais, como o Porto Santo e o Algarve, que ‘fecham’ no Inverno.

Explicou que haverá reforço de equipas na chefia para começar logo em Fevereiro a trabalhar na pré-época e preparar o Verão.