10 ideias quase consensuais
Do 33.º Congresso Nacional da Hotelaria e Turismo não sobram só incertezas
Caiu o pano sobre o 33.º Congresso Nacional da Hotelaria e Turismo. Dos três dias de trabalho, ouvidos 50 oradores, distribuídos por 11 painéis e sessões protocolares, retiro 10 ideias quase consensuais de gente que pensa o sector com a mesma garra com que faz negócios.
. A retoma do turismo mais rápida do que aquela que era estimada e a falta de mão-de-obra levou a que a qualidade do serviço tenha piorado.
. O preço por noite na hotelaria portuguesa tem margem para crescer. Porque tem valor. Mas também porque os custos continuam a subir.
. Reter talentos e garantir recursos na hotelaria implica uma decisão urgente e arrojada: subir salários.
. A semana de quatro dias tem pouco adeptos entre os hoteleiros portugueses. Ou nenhuns. A hostilidade foi evidente. Por ser desastrosa.
. A utilização plena dos ‘slots’ não é um tema de segurança, mas sim de boa gestão comercial por parte das companhias aéreas.
. O desafio da sustentabilidade não é um exclusivo das empresas pois depende e muito da clientela, muita dela mal-habituada.
. A alimentação saudável revela-se com um bom negócio porque comprovadamente está a fazer bem à saúde e afirmar-se como aliada na prevenção de doenças.
. Os hoteleiros da Madeira revelaram défice de participação no congresso de Fátima. Em 2024 não têm desculpa. A reunião magna do sector é à porta de casa!
. A única certeza para 2023 é a incerteza. Em vários domínios. Isto porque os cenários variam muito de dia para dia e de mercado para mercado.
. Mesmo assim há uma tendência inegável: vamos viajar mais, o que vai exigir pioneirismo em nome das respostas sustentáveis à aviação comercial, aos hotéis e às cidades.