G7 preocupado com aumento das "ameaças híbridas" à segurança
Os ministros do Interior do G7 manifestaram-se hoje determinados a enfrentar "ameaças híbridas" à segurança, aumentadas pela guerra na Ucrânia, quer se trate de riscos de danos em infraestruturas críticas ou manipulação de informação.
A guerra da Rússia contra a Ucrânia "teve um impacto significativo na segurança interna dos países do G7", de acordo com a declaração final adotada pelos ministros do Interior do Grupo dos sete países mais industrializados (G7) que se reuniram em Eltville, perto de Frankfurt.
Este encontro teve lugar na mesma semana em que a queda de um míssil em território polaco matou duas pessoas, mais uma ilustração das ameaças desta guerra.
O conflito aumentou o que o G7 chama de "ameaças híbridas" de "atores estatais e não estatais" com o objetivo de semear "insegurança" e "divisão" entre "parceiros e aliados na comunidade internacional", de acordo com o comunicado.
Estas ameaças visam, em particular, infraestruturas críticas que devem ser protegidas, escreve o G7 referindo-se à alegada sabotagem, no final de setembro, dos gasodutos Nord Stream no mar Báltico.
Por isso, parece "crucial" estabelecer "parcerias a nível nacional e internacional, incluindo com o setor privado, para se tornar mais resiliente".
A manipulação da informação é também "um desafio crescente para as sociedades democráticas, governos e instituições em todo o mundo", referem os sete no comunicado.
A ministra alemã do Interior, Nancy Faeser, anfitriã da cimeira, declarou, contudo, que "Putin não vai ter sucesso".
"Vamos contrariar mentiras com factos. Vamos incentivar a cooperação no acompanhamento das redes de desinformação", acrescentou.
O G7 alertou também para novas ameaças que podem emergir da presença de combatentes estrangeiros na Ucrânia e do aumento do fluxo de armas na região.
"Um pequeno número" de combatentes voluntários na Ucrânia "pode representar uma ameaça acrescida no seu regresso", consideram.
Os ministros do G7 comprometeram-se a trabalhar em estreita colaboração com a Ucrânia sobre "um rigoroso regime de controlo de armas" para impedir o comércio ilegal de armas e munições.
O grupo de sete países industrializados inclui a Alemanha, França, Reino Unido, Itália, Japão, Canadá e Estados Unidos.