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Camionistas retomam bloqueios de estradas em protestos contra eleição de Lula da Silva

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Foto Arquivo

Camionistas que protestam contra a eleição do próximo Presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, voltaram hoje a bloquear trechos de rodovias federais, segundo um comunicado da Polícia Rodoviária Federal (PRF).

Num boletim divulgado de manhã, a corporação responsável pelas estradas federais informou que seis trechos de rodovias federais tiveram o fluxo interrompido totalmente e um deles estava com bloqueio parcial.

As manifestações dos camionistas, que também pedem intervenção militar, começaram na sequência da segunda volta da eleição presidencial, disputada em 30 de outubro, quando Lula da Silva venceu o atual Presidente, Jair Bolsonaro, que tentava a reeleição.

Ao todo, já foram registados 1.156 bloqueios em estradas federais do país, segundo a PRF.

Os atos impedem o transporte de cargas e o fluxo de veículos e foram considerados ilegais pela justiça brasileira, porque além de contestar o resultado do sufrágio presidencial os camionistas também defendem que as Forças Armadas devem realizar um golpe militar para impedir que Lula da Silva tome posse em janeiro de 2023.

Com o fim da maioria dos bloqueios, parte dos manifestantes tem realizado atos na frente de quartéis do Exército em várias cidades, os maiores em São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília, também para pedir uma intervenção militar para alegadamente impedir que o comunismo assuma o poder no Brasil.

Embora não apoiem os atos diretamente, os protestos na frente dos quartéis foram classificados numa nota emitida pelo comando das Forças Armadas de "manifestações populares" que supostamente respeitam "a livre manifestação do pensamento" e a "liberdade de reunião, pacificamente."

A nota emitida pelos comandantes da Marinha, Exército e Aeronáutica na última sexta-feira não menciona que os pedidos dos manifestantes de que ocorra uma intervenção militar seriam crime já que o Código Penal brasileiro prevê prisão por até três anos para "quem incita, publicamente, animosidade entre as Forças Armadas, ou delas contra os poderes constitucionais, as instituições civis ou a sociedade".