Turismo País

50 milhões de euros vão ajudar empresas turísticas

Ministro da Economia anuncia novo programa no 33.º Congresso da AHP

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O ministro da Economia e do Mar, António Costa Silva, tomou boa nota dos pedidos de ajuda dos hoteleiros, mas admite haver dificuldade em “adequar o tempo da política à economia”, assumindo que importa “aumentar a sincronização".

De qualquer forma, o governante anunciou no 33.º congresso da AHP que hoje mesmo vai ser lançado um programa de "50 milhões de euros para ajudar as empresas de turismo a reabilitarem activos imobiliários", mecanismo a ser gerido pelo Turismo de Portugal.

Desta forma, António Costa Silva respondeu a Bernardo Trindade que na sessão de abertura do Congresso da AHP referiu que o sector precisa de ser ajudado, abordando nomeadamente a degradação da autonomia financeira das empresas hoteleiras durante a pandemia. O hoteleiro madeirense alertou que é preciso ver alargadas as maturidades das linhas de crédito de apoio à covid-19, que estão em muitos casos a chegar agora ao fim. Sobre o pacote de 3.000 milhões de euros de apoio às empresas para fazer face ao aumento da fatura da eletricidade e do gás que o primeiro-ministro, António Costa, anunciou, Bernardo Trindade afirmou que a expetativa da AHP é que sejam "incluídos nesse pacote de ajudas".

O ministro alertou ainda para os momentos de mudança que o mundo vive, especialmente a crise energética e as cadeias de abastecimento, áreas que ditam abrandamentos. Mesmo assim, "o País continua a crescer", refutando “cenários irrealistas ou catastrofistas". Garante que as "exportações vão chegar a 49% do PIB este ano" e "temos de agarrar as valências do país e conquistar o futuro".

Para o ministro da Economia, "a banca é absolutamente fundamental, mas a banca comercial aposta no curto prazo e as empresas precisam do longo prazo”, para ultrapassar esta situação, há uma mudança de paradigma em curso. “As empresas precisam de reforçar os seus capitais próprios para terem mais autonomia e temos de confiar nas empresas. O lucro não é pecado”, salienta.