Península da Crimeia, Odessa e outras regiões ucranianas alvos de ataques
Várias explosões foram ouvidas hoje de manhã no norte da Península da Crimeia, território ucraniano ocupado pela Rússia, enquanto Odessa foi atingida por mísseis russos e há relatos de ataques em vários locais da Ucrânia.
Várias explosões foram ouvidas hoje de manhã na cidade de Dzhankoy, no norte da Península da Crimeia, território ucraniano ocupado pela Rússia em 2014, divulgou a agência de notícias Ukrinform, enquanto Odessa foi atingida por mísseis russos.
Os meios de comunicação ucranianos citam, como fontes, moradores que gravaram vídeos na área e posteriormente publicaram nas redes sociais. A agência de notícias também divulgou fotos de uma coluna de fumo na cidade administrada pela Rússia.
A Ukrinform referiu ainda que os sistemas de defesa aérea foram ativados na manhã de hoje nesta área. Nas redes sociais, segundo o meio de comunicação ucraniano, é sugerido um possível ataque ao aeródromo militar localizado na periferia da cidade.
"As defesas antiaéreas russas provavelmente estão ativas em Dzhankoy", de acordo com as redes sociais, citadas pela Ukrinform, mas são informações que não puderam ser confirmadas de forma independente.
O Governo da Ucrânia assegurou há dias que parte das unidades militares russas que partiram da região de Kherson, no sul da Ucrânia, dirigiram-se para a Crimeia para defender aquele território.
Um ataque russo com mísseis atingiu também hoje a região de Odessa, no sul da Ucrânia, pela primeira vez em semanas, disse o governador regional.
Uma infraestrutura local foi atingida, declarou o governador regional de Odessa, Maksym Marchenko, na rede social Telegram, alertando sobre a ameaça de um "enorme dilúvio de mísseis em todo o território da Ucrânia".
A declaração de Marchenko ocorre quando há relatos dos meios de comunicação sobre explosões em outras partes da Ucrânia e governadores regionais a pedir aos moradores que permaneçam em abrigos antiaéreos enquanto persiste a ameaça de ataques com mísseis.
Estes ataques de hoje ocorrem após um outro na terça-feira, que também resultou na queda de um míssil na Polónia e provocou duas mortes.
"O míssil não era nosso, sem qualquer dúvida", declarou na quarta-feira o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, na televisão.
"Julgo que era um míssil russo", acrescentou, mas responsáveis da NATO e do Governo polaco admitem que se tratou provavelmente de um míssil pertencente ao sistema ucraniano de defesa antiaérea.