Trancas à porta
Miguel Albuquerque sabe bem quando é que o humilde contribuinte tem polícia por perto
Boa noite!
A vertigem de Miguel Albuquerque pela relativização da insegurança atenta contra a cruzada dos que clamam por reforço de policiamento, assustados com os mais recentes casos, e começa a enervar o mais pacato dos cidadãos.
O presidente do Governo devia perceber que nem toda a gente tem polícia à porta, vigilância a qualquer hora e guarda-costas por perto. Afinal, nem toda gente mora ou trabalha em zonas vigiadas, nem se cruza só com boa vizinhança. Será demais pedir atenção ao comum dos mortais, aos humildes contribuintes, aos cidadãos sem dinheiro para alarmes e aos que não ganham para os sustos?
Também não se percebe o que impede de facto a criação da polícia municipal, com autoridade legitimada e presença dissuasora nas ruas. O argumento financeiro é no mínimo ridículo, sobretudo numa Região em que o dinheiro nunca foi problema para satisfazer caprichos ou para aplicar em expedientes de utilidade duvidosa em vários domínios, esbanjamentos que o tempo não apaga, por muito que quem espatifou milhões sem retorno tente impingir branqueamentos a qualquer preço.
E basta de desinformação orquestrada a propósito de uma força policial consagrada na Lei. A teimosia não nos guarda e livra de todas ameaças.