PS denuncia “pingue-pongue inócuo” entre Albuquerque e Calado que não trava insegurança
"Enquanto a insegurança ganha uma dimensão cada vez mais preocupante na Região, em particular na cidade do Funchal, os presidentes do Governo Regional e da Câmara Municipal do Funchal entretêm-se com jogos de palavras, num 'pingue-pongue inócuo' que em nada contribui para resolver o problema". A declaração é de Sérgio Gonçalves, presidente do PS-Madeira, que através de comunicado reagiu esta terça-feira ao aumento do sentimento de insegurança sobretudo no Funchal.
Apreensivo com a escalada deste fenómeno, o presidente do PS-Madeira critica os líderes dos Executivos regional e municipal "por nada fazerem para travar a violência e a insegurança que todos os dias fazem títulos nos jornais ou abrem noticiários nas rádios e canais de televisão".
Se, por um lado, temos um presidente da Câmara que se limita a dizer e a desdizer aquilo que disse e que, na prática, não toma nenhuma decisão, por outro, temos um presidente do Governo que continua num irresponsável e já ridículo modo de negação, repetindo vezes sem conta que não há insegurança e que as pessoas podem deixar as portas de casa abertas. Sérgio Gonçalves, presidente do PS-Madeira
E acusa Miguel Albuquerque de "querer jogar areia para os olhos dos madeirenses", mas adverte que este é um problema que não pode continuar a ser ignorado, sob pena de continuar a agravar-se cada vez mais.
“Nestes últimos dias, temos visto um sem número de notícias a dar conta deste tipo de episódios, incluindo um com desfecho fatal”, lamenta, frisando que é preciso agir urgentemente.
Por outro lado, Sérgio Gonçalves aponta baterias a Pedro Calado, que "tem passado os últimos dias ora a defender de forma insensata o patrulhamento da cidade pelo Exército, ora a tentar corrigir as suas declarações, enquanto a insegurança cresce".
Para o presidente do PS, o problema não se resolve com meras palavras e exige acções concretas. Neste sentido, lembra que a "irresponsabilidade do PSD e do CDS já chumbou, por duas vezes, a criação da Polícia Municipal proposta pelo PS, organismo que poderia coadjuvar na dissuasão de comportamentos desviantes".
Se o presidente da Câmara justifica esta recusa dizendo que não quer mais pessoas atrás de secretárias, então é uma questão de reorganizar os serviços de fiscalização. Sérgio Gonçalves, presidente do PS-Madeira
Voltando ao presidente do Governo, que ainda ontem se referiu ao “vício terrível” causado pelo ‘bloom’ e que defendeu uma intervenção multidisciplinar no sentido de curar e integrar estas pessoas, Sérgio Gonçalves limita-se a perguntar: “Por que razão a maioria PSD/CDS se recusou a debater na Assembleia Legislativa a criação de uma comunidade terapêutica de reinserção social proposta pelo PS?”.